Repensando a tecnologia no ensino de química do ensino médio: Um olhar em direção aos saberes docentes na formação inicial
Título
Repensando a tecnologia no ensino de química do ensino médio: Um olhar em direção aos saberes docentes na formação inicial
Repensando a tecnologia no ensino de química do ensino médio: Um olhar em direção aos saberes docentes na formação inicial
Autor
Márcia Gorette Lima da Silva
Márcia Gorette Lima da Silva
Orientação
Isauro Beltran Nuñez
Isauro Beltran Nuñez
Instituição
UFRN
UFRN
Grau de Titulação
Doutorado
Doutorado
Unidade / Setor
Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Centro de Ciências Sociais Aplicadas
Ano
2003
2003
Cidade / UF
Natal/RN
Natal/RN
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
A reforma educacional brasileira sugere mudanças nos distintos níveis de ensino. Estas, por sua vez, incluem, de forma explícita, a Tecnologia no Ensino Médio nas três áreas do conhecimento. Apontar a necessidade da Tecnologia nas escolas do Ensino Médio, como parte da educação do cidadão do amanhã em uma sociedade que vive a era tecnológica, tornou-se um argumento demasiado óbvio. Trabalhar a Tecnologia como dimensão educativa, que perpassa todas as áreas do conhecimento requer não somente uma simples mudança mas uma ruptura de posturas hegemônicas e tradicionais, que reduzem a Tecnologia à mera aplicação da Ciência. Este trabalho apóia, com reservas, a proposta de trabalhar as produções químicas industriais na disciplina de Química, uma proposta defendida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Constata-se, nesse sentido, que trabalhar a Tecnologia por meio das produções químicas exige dos professores e professoras uma formação acadêmica e material didático apropriado para enfrentar as novas exigências do Ensino Médio. Também se discutem os distintos significados de Tecnologia e o quanto estes refletem no ensino. A pesquisa foi realizada na UFRN em duas etapas, sendo a primeira de familiarização com o objeto de estudo, da qual participaram 51 estudantes de cursos distintos como Bacharelado e Licenciatura em Química, Engenharia Química e Farmácia. Em outra etapa participaram 23 alunos concluintes do curso de Licenciatura em Química. Para essa pesquisa foi elaborado um plano baseado nas questões de estudo, sendo utilizados como instrumentos de investigação: questionários de perguntas abertas e fechadas, elaboração de texto e planejamento de uma disciplina. Como aprofundamento da pesquisa, foram realizadas entrevistas com uma parte dos participantes, tanto na primeira como na segunda etapa. Os dados obtidos foram tabelados e categorizados para conhecer as idéias dos participantes. Tais resultados empíricos sinalizam para o fato de que a maior parte dos participantes considera a Tecnologia subordinada à Ciência, identificam-na com equipamentos para melhorar o bem-estar das pessoas e remetem a um distanciamento de saberes disciplinares relacionados aos processos químicos industriais e de saberes didáticos que orientem aos participantes no sentido de como trabalhar tal temática com alunos e alunas no Ensino Médio. Tais constatações acenam para a necessidade de promover mudanças também na agência formadora. Assim, considerando o contexto do Ensino Médio e o da formação inicial dos professores e professoras de Química do Rio Grande do Norte, caracterizado por visões clássicas sobre a Tecnologia, defende-se uma proposta alternativa para trabalhar esse componente no Ensino Médio e, conseqüentemente, repensar a formação de professores, no intuito de ultrapassar a superficialidade de como vem sendo tratado tal tema.
A reforma educacional brasileira sugere mudanças nos distintos níveis de ensino. Estas, por sua vez, incluem, de forma explícita, a Tecnologia no Ensino Médio nas três áreas do conhecimento. Apontar a necessidade da Tecnologia nas escolas do Ensino Médio, como parte da educação do cidadão do amanhã em uma sociedade que vive a era tecnológica, tornou-se um argumento demasiado óbvio. Trabalhar a Tecnologia como dimensão educativa, que perpassa todas as áreas do conhecimento requer não somente uma simples mudança mas uma ruptura de posturas hegemônicas e tradicionais, que reduzem a Tecnologia à mera aplicação da Ciência. Este trabalho apóia, com reservas, a proposta de trabalhar as produções químicas industriais na disciplina de Química, uma proposta defendida pelos Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Constata-se, nesse sentido, que trabalhar a Tecnologia por meio das produções químicas exige dos professores e professoras uma formação acadêmica e material didático apropriado para enfrentar as novas exigências do Ensino Médio. Também se discutem os distintos significados de Tecnologia e o quanto estes refletem no ensino. A pesquisa foi realizada na UFRN em duas etapas, sendo a primeira de familiarização com o objeto de estudo, da qual participaram 51 estudantes de cursos distintos como Bacharelado e Licenciatura em Química, Engenharia Química e Farmácia. Em outra etapa participaram 23 alunos concluintes do curso de Licenciatura em Química. Para essa pesquisa foi elaborado um plano baseado nas questões de estudo, sendo utilizados como instrumentos de investigação: questionários de perguntas abertas e fechadas, elaboração de texto e planejamento de uma disciplina. Como aprofundamento da pesquisa, foram realizadas entrevistas com uma parte dos participantes, tanto na primeira como na segunda etapa. Os dados obtidos foram tabelados e categorizados para conhecer as idéias dos participantes. Tais resultados empíricos sinalizam para o fato de que a maior parte dos participantes considera a Tecnologia subordinada à Ciência, identificam-na com equipamentos para melhorar o bem-estar das pessoas e remetem a um distanciamento de saberes disciplinares relacionados aos processos químicos industriais e de saberes didáticos que orientem aos participantes no sentido de como trabalhar tal temática com alunos e alunas no Ensino Médio. Tais constatações acenam para a necessidade de promover mudanças também na agência formadora. Assim, considerando o contexto do Ensino Médio e o da formação inicial dos professores e professoras de Química do Rio Grande do Norte, caracterizado por visões clássicas sobre a Tecnologia, defende-se uma proposta alternativa para trabalhar esse componente no Ensino Médio e, conseqüentemente, repensar a formação de professores, no intuito de ultrapassar a superficialidade de como vem sendo tratado tal tema.
Palavras Chave
tecnologia; ensino de química; formação de professores
tecnologia; ensino de química; formação de professores
Classificações
Nível escolar
Ensino Médio, Ensino Superior
Ensino Médio, Ensino Superior
Área do conteudo
Química
Química
Foco Temático
Formação de Professores, Conteúdo-Método, Recursos Didáticos
Formação de Professores, Conteúdo-Método, Recursos Didáticos