Você vê essa adaptação A aula de campo em ciências: entre o retórico e o empírico.
Título
Você vê essa adaptação A aula de campo em ciências: entre o retórico e o empírico.
Você vê essa adaptação A aula de campo em ciências: entre o retórico e o empírico.
Educação
Autor
Jose Artur Barroso Fernandes
Jose Artur Barroso Fernandes
Orientação
Silvia Luzia Frateschi Trivelato
Silvia Luzia Frateschi Trivelato
Instituição
USP
USP
Grau de Titulação
Doutorado
Doutorado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Ano
2007
2007
Cidade / UF
São Paulo/SP
São Paulo/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Estadual
Resumo
Este trabalho se baseia em dados obtidos a partir do registro das interações comunicativas entre monitor e alunos de sexta série do ensino fundamental envolvidos em atividades conjuntas realizadas em de três viagens de estudo de ecossistemas litorâneos realizadas no Parque Estadual da Ilha do Cardoso (SP). Dentre as várias atividades de campo que se realizam nas viagens de estudo, investigamos o que chamamos, neste trabalho, de aula de campo: momentos em que os monitores protagonizam uma interação em que se fornece, de forma dialogada e com participação variável dos alunos, explicações relativas ao ambiente que se visita. Nosso objetivo foi investigar as interações comunicativas entre monitores e alunos durante as aulas de campo, procurando revelar quais modos semióticos são utilizados nas explicações, bem como investigar as funções que esses modos desempenham em tais atividades. Procuramos ainda explorar algumas especificidades no uso dos modos semióticos nas aulas de campo, em comparação ao seu uso em sala de aula descrito na literatura. Nosso referencial teórico é construído a partir de duas linhas principais: uma delas traz aportes das abordagens sócio-culturais aos processos educacionais e a outra vem de trabalhos que procuram investigar tais processos do ponto de vista da multimodalidade da comunicação. Nas comparações que tecemos com o ensino em sala de aula, dialogamos especialmente com o trabalho de C. Márquez (2002), que investiga aspectos do ensino de ciências na sala de aula por meio de uma abordagem multimodal. Nossos dados são de natureza discursiva, embora estejam incluídas aqui formas verbais e não verbais de discurso: foram registrados a fala e os gestos produzidos nas aulas de campo. A análise se dá em vários níveis, partindo da produção de enunciados pelos participantes e chegando na estrutura da atividade como um todo. Monitores e alunos utilizaram apenas duas modalidades semióticas: a fala e os gestos. É o monitor que conduz a aula de campo: ele é quem produz a maior parte das mensagens durante as sessões de trabalho. A fala dos monitores é predominantemente temática e tem uma função secundária de gerir e controlar a construção da narrativa científica. A fala e os gestos da aula de campo têm muitas funções em comum com as desempenhadas por esses modos na sala de aula. No entanto, existem algumas diferenças: no campo, por falta de suporte material para imagens e textos escritos, fala e gestos têm que cumprir funções que em sala são realizadas por esses modos. A principal diferença está na participação do mundo empírico na aula de campo, na forma de base referencial para a construção conjunta de uma representação, dentro do que denominamos marco referencial empírico. Esta construção se dá por meio do uso dos modos da fala e do gestual, que regulam as ações de observação feitas pelos alunos e a negociação dos significados.
Este trabalho se baseia em dados obtidos a partir do registro das interações comunicativas entre monitor e alunos de sexta série do ensino fundamental envolvidos em atividades conjuntas realizadas em de três viagens de estudo de ecossistemas litorâneos realizadas no Parque Estadual da Ilha do Cardoso (SP). Dentre as várias atividades de campo que se realizam nas viagens de estudo, investigamos o que chamamos, neste trabalho, de aula de campo: momentos em que os monitores protagonizam uma interação em que se fornece, de forma dialogada e com participação variável dos alunos, explicações relativas ao ambiente que se visita. Nosso objetivo foi investigar as interações comunicativas entre monitores e alunos durante as aulas de campo, procurando revelar quais modos semióticos são utilizados nas explicações, bem como investigar as funções que esses modos desempenham em tais atividades. Procuramos ainda explorar algumas especificidades no uso dos modos semióticos nas aulas de campo, em comparação ao seu uso em sala de aula descrito na literatura. Nosso referencial teórico é construído a partir de duas linhas principais: uma delas traz aportes das abordagens sócio-culturais aos processos educacionais e a outra vem de trabalhos que procuram investigar tais processos do ponto de vista da multimodalidade da comunicação. Nas comparações que tecemos com o ensino em sala de aula, dialogamos especialmente com o trabalho de C. Márquez (2002), que investiga aspectos do ensino de ciências na sala de aula por meio de uma abordagem multimodal. Nossos dados são de natureza discursiva, embora estejam incluídas aqui formas verbais e não verbais de discurso: foram registrados a fala e os gestos produzidos nas aulas de campo. A análise se dá em vários níveis, partindo da produção de enunciados pelos participantes e chegando na estrutura da atividade como um todo. Monitores e alunos utilizaram apenas duas modalidades semióticas: a fala e os gestos. É o monitor que conduz a aula de campo: ele é quem produz a maior parte das mensagens durante as sessões de trabalho. A fala dos monitores é predominantemente temática e tem uma função secundária de gerir e controlar a construção da narrativa científica. A fala e os gestos da aula de campo têm muitas funções em comum com as desempenhadas por esses modos na sala de aula. No entanto, existem algumas diferenças: no campo, por falta de suporte material para imagens e textos escritos, fala e gestos têm que cumprir funções que em sala são realizadas por esses modos. A principal diferença está na participação do mundo empírico na aula de campo, na forma de base referencial para a construção conjunta de uma representação, dentro do que denominamos marco referencial empírico. Esta construção se dá por meio do uso dos modos da fala e do gestual, que regulam as ações de observação feitas pelos alunos e a negociação dos significados.
Palavras Chave
aula de campo, linguagem, ecossistemas litorâneos.
aula de campo, linguagem, ecossistemas litorâneos.
Classificações
Nível escolar
5ª a 8ª Série do EF
5ª a 8ª Série do EF
Área do conteudo
Biologia
Biologia
Foco Temático
Conteúdo-Método
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