Autonomia de professores e formação continuada: perspectivas de integração universidade e escola.

Título
Autonomia de professores e formação continuada: perspectivas de integração universidade e escola.
Multi-unidades - Ensino de Ciências
Autor
Ilza Fernandes de Souza
Orientação
Maria Lucia Vital dos Santos Abib
Instituição
USP
Grau de Titulação
Mestrado
Unidade / Setor
Instituto de Física
Ano
2004
Cidade / UF
São Paulo/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Resumo
Nas últimas duas décadas, vários estudos têm se direcionado à aprendizagem dos conteúdos científicos e, consequentemente, à formação dos professores responsáveis pelo ensino desses conteúdos. Dessa forma, essas pesquisas sobre a formação contínua de professores têm procurado compreender quais são as estruturas adequadas de formação que proporcionem uma prática docente que contemple as competências necessárias para esse tipo de ensino, resultando em uma prática profissional. Assim, o discurso sobre a profissionalidade docente tem-se tornado uma constante, uma profissionalidade dotada de senso crítico, na qual a consciência e a ação sobre a própria prática podem ser entendidas como libertação profissional ou autonomia do professor. Sob essa perspectiva desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, através da qual procuramos compreender em que medida os procedimentos adotados, ao longo de três anos, em um programa de formação contínua de professores, direcionado às novas práticas para o ensino de Ciências, proporcionariam o desenvolvimento da autonomia dos professores participantes. Com esse objetivo coloquei-me como observadora e, em 2002, iniciei o acompanhamento do trabalho desenvolvido pelas formadoras, nesse caso, as Assistentes Técnico-Pedagógicas das Diretorias de Ensino, participando das reuniões realizadas na Universidade e de alguns HTPC desenvolvidos na escola. Esse programa é caracterizado por um contexto de integração entre a Universidade, as Diretorias de Ensino e as Escolas Estaduais do Ensino Fundamental, no qual, as ATP utilizavam, como instrumentos formadores junto às professoras, atividades de conhecimento físico. O instrumento por nós utilizado para a averiguação do impacto dessas atividades sobre as práticas das professoras e sobre uma postura profissional mais autônoma foi a entrevista. A análise dessas entrevistas acompanhada de outros momentos de observação nos dão indícios de que a forma como as atividades foram conduzidas pelas ATP modificaram diferentemente as práticas dessas professoras quanto ao seu desempenho profissional. Isso leva-nos a acreditar que os programas de formação contínua centrados na escola e desenvolvidos sob um contexto de integração podem se caracterizar como os mais adequados, no entanto desde que o seu ponto de partida seja um problema real para o professor, ou seja, ligado a sua prática, um problema que lhe seja significativo.
Palavras Chave
autonomia de professores, formação continuada de professores.

Classificações

Nível escolar
5ª a 8ª Série do EF
Área do conteudo
Física
Foco Temático
Formação de Professores