Perfil conceitual de morte e a abordagem do ciclo da vida, no ensino de Ciências.

Título
Perfil conceitual de morte e a abordagem do ciclo da vida, no ensino de Ciências.
Autor
Aline Andreia Nicolli
Orientação
Eduardo Fleury Mortimer
Instituição
UFMG
Grau de Titulação
Doutorado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Ano
2009
Cidade / UF
Belo Horizonte/MG
Dependência Administrativa:
Federal
Resumo
O estudo apresentado nessa tese é o resultado de uma pesquisa que teve como objetivo geral a tarefa de realizar a construção de um Perfil Conceitual de Morte e a identificação da interferência das zonas deste Perfil para a abordagem pedagógica desenvolvida pelos professores para a temática Ciclo de Vida, no Ensino de Ciências, no Ensino Fundamental. O Perfil Conceitual comporta a noção de que um conceito pode ter uma diversidade de significados usados de acordo com um contexto e que, por conseguinte, para garantir o sucesso do processo de ensinar e aprender, ao planejar uma determinada abordagem pedagógica, o professor deverá considerar esta diversidade. Assim sendo, num primeiro momento, tendo como hipótese de trabalho que o conceito de Morte comporta um perfil, os esforços despendidos trataram de dar conta, simultaneamente, da construção do instrumento de coleta de dados e de um referencial teórico sobre o conceito em questão. Na sequência, foram realizadas as análises dos dados empíricos que garantiram a identificação das zonas do Perfil e a localização destas em termos teóricos. Assim sendo, foi possível identificar para o conceito de Morte, na teoria e na empiria, três zonas, quais sejam: zona naturalista, zona religiosa e zona existencialista. A zona naturalista exprime uma concepção de Morte como fenômeno organicista, ou seja, algo natural, resultado de uma condição que é ou está inerente ao organismo vivo. A zona religiosa, por sua vez, encerra uma compreensão de Morte como algo que resulta da ‘vontade divina’ e representa uma passagem para a vida eterna. Por fim, a zona existencialista é evidenciada por concepções que negam, ocultam a Morte, ou seja, atribuem a ela uma condição de fatalidade, algo que não deveria existir. Da mesma forma, ao admitirmos a existência de uma diversidade de zonas para um único conceito, no caso a Morte, faz-se necessário também que admitamos a necessidade de escolarização do conceito, bem como a diversidade e a heterogeneidade de abordagens que deverão passar a compor os processos de ensinar e de aprender, sem, no entanto, superficializar ou relativizar a função pedagógica das instituições educacionais e/ou o processo de aquisição do conhecimento. Nesse sentido, defendemos que o desenvolvimento de abordagens pedagógicas que contemplem a Condição Humana, o Encontro com o Outro e o Respeito à Diversidade, se tornam excelentes possibilidades para a promoção e significação do Ensino de Ciências.
Palavras Chave
ciclo da vida, morte, ensino de Ciência.

Classificações

Nível escolar
5ª a 8ª Série do EF
Área do conteudo
Geral
Foco Temático
Formação de Conceitos