Representações de natureza e educação pela mídia.

Título
Representações de natureza e educação pela mídia.
Autor
Marise Basso Amaral
Orientação
Maria Lúcia Wortmann
Instituição
UFRGS
Grau de Titulação
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Ano
1997
Cidade / UF
Porto Alegre/RS
Dependência Administrativa:
Federal
Resumo
Dedica-se a analisar representações de natureza veiculadas pela mídia. Em função do leque ampliado de possibilidades de investigação, optou-se por fazer um “recorte” na análise. Este se deu no sentido de analisar o discurso publicitário - local privilegiado de produção de signos - quanto aos seus processos de produção e de representações sobre a natureza. A temática delineou seus contornos a partir do reconhecimento dos locais plurais de produção e divulgação do conhecimento, das políticas de regulação das identidades e das representações engendradas nestes mesmos locais, bem como do potencial pedagógico que estes variados contextos apresentam. A partir de um referencial nos estudos culturais, e utilizando uma metodologia inspirada na semiótica, foram selecionados e analisados, no trabalho, anúncios publicitários que utilizam a natureza como um sistema de referências para a veiculação dos mais variados produtos. A natureza vende desde mercadorias como roupas, calçados, carros, cigarros e educação até valores simbólicos como saúde, beleza, naturalidade, liberdade e aventura. A análise dos anúncios publicitários, permitiu identificar as mesmas visões antropocêntricas e utilitaristas de natureza, freqüentes do currículo escolar. Permitiu ainda, perceber que a publicidade, além de reproduzir as representações dominantes de natureza, reorganiza e reestrutura as relações entre natureza e cultura e, ainda, através de suas representações, produz uma nova natureza. Também é possível delinear a partir deste estudo, a recorrência de temáticas comuns nos processos de produção de significados, a partir das representações de natureza. Assim, o natural, a saúde, a tecnologia, a beleza, a diferença aparecem como “narrativas” constantes que nos falam de “naturezas” específicas. Estas narrativas perpetuam uma relação de dominação e de desigualdade de poder entre a cultura e natureza. Além disso, as representações de natureza pautadas no antropocentrismo, no utilitarismo, ou em visões de uma natureza romântica, bela e essencialmente benigna, aprisionam a própria representação da relação cultura e natureza num binarismo moderno que não pode mais explicá-las ou resumi-las.
Palavras Chave
representações, publicidade; natureza.

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