Adolescentes apaixonados e apaixonantes: sugestões para uma melhor qualidade de vida sexual através da educação.

Título
Adolescentes apaixonados e apaixonantes: sugestões para uma melhor qualidade de vida sexual através da educação.
Autor
Elizabeth Auad Andrade
Orientação
Marise Bezerra Jurberg
Instituição
UGF
Grau de Titulação
Mestrado
Ano
1997
Cidade / UF
Rio de Janeiro/RJ
Dependência Administrativa:
Privada
Resumo
Este trabalho teve como objetivo ouvir os adolescentes quanto aos seus medos, dúvidas, preconceitos, fantasias, e saber de que forma eles percebem o papel da educação sexual nas suas vidas. Nesse sentido, foram examinados assuntos relevantes como a AIDS, a gravidez, a virgindade, a primeira relação sexual e a família, assim como a percepção e a importância que um programa de educação sexual continuada pode exercer, no sentido de facilitar suas vivências ligadas à sexualidade. Foi realizada uma pesquisa de campo, do tipo levantamento, na qual foram aplicados questionários a 1000 adolescentes de 20 escolas particulares, municipais e estaduais do Rio de Janeiro, a maioria dos quais entre 14 e 16 anos de idade. Os itens do questionário abordam assuntos relacionados com a vida diária e a sexualidade do adolescente, sendo compostos de questões tanto objetivas quanto questões em aberto, através dos quais os adolescentes poderiam expressar suas opiniões pessoais. Os resultados mostram que, dentro deste universo, os medos mais comuns a essa faixa etária foram: a AIDS, a gravidez precoce, a violência sexual e a repressão exercida pela família. A AIDS ocupou também o primeiro lugar, como o assunto em que eles mais apresentam dúvidas, bem como outras DSTs. Os temas em que mais se sentem confusos e, portanto, em que mais necessitam de orientação foram: a primeira relação sexual, as relações sexuais em geral, a masturbação e a gravidez precoce. Segundo a interpretação desses adolescentes, a sociedade possui preconceitos em relação à sexualidade, e eles próprios, por sua vez, mostram alguns desses preconceitos, principalmente em relação ao homossexualismo, à gravidez fora do casamento, à perda da virgindade e à relação sexual precoce. Os adolescentes avaliaram igualmente de forma negativa diversas formas de comportamento sexual, considerando errado: transar sem camisinha, ter relações homossexuais, ter liberdade sexual sem tomar precauções, além da violência sexual e da relação sexual precoce. As diferenças de gênero, em diversos itens, assim como as diferenças entre as respostas dos adolescentes virgens, comparativamente às dos adolescentes já "iniciados sexualmente" - quase a metade da amostra - evidenciaram a necessidade de que os programas de educação sexual levem em consideração essas duas variáveis, provendo reformulações que atendam à crescente iniciação sexual entre os adolescentes. Programas que desenvolvam atitudes, que reformulem valores, atendendo aos objetivos de uma verdadeira educação em sexualidade, e não meramente um conjunto de informações sobre sexo. Conforme foi constado, apesar de terem diversas informações sobre diferentes aspectos da vida sexual, os adolescentes de nossa amostra apresentaram uma tendência em não colocá-las em prática. A qualidade de vida sexual de uma pessoa não está garantida, portanto, meramente com informação sexual. Ressaltamos, portanto, que, quando estivermos tratando de relações sexuais, a responsabilidade deve estar não somente naqueles que a praticam, mas também deve ser uma preocupação constante de educadores, constituindo, esta, uma verdadeira forma de amor em geral e em particular aos adolescentes.
Palavras Chave
adolescentes apaixonados e apaixonantes, educação sexual, survey.

Classificações

Nível escolar
Ensino Médio
Área do conteudo
Saúde e Sexualidade
Foco Temático
Características do Aluno