Representações de professores de física básica de um curso universitário: um estudo de caso originado em noções de avaliação.

Autor
Cezar Cavanha Babichak

Orientação
Maria Jose Pereira Monteiro de Almeida

Grau de Titulação
Mestrado

Unidade / Setor
Instituto de Física

Cidade / UF
São Paulo/SP

Dependência Administrativa:
Estadual

Resumo
Este trabalho está voltado para uma questão específica relativa a representações de professores de um curso de Física de uma das três universidades estaduais paulistas. O enfoque no levantamento de informações que levaram à inferência das representações centralizou-se em noções de avaliação. Identificamos e analisamos representações de professores do ensino superior de um curso de Física Básica, tentando evidenciar suas bases históricas e sociais. Para tanto, pautamo-nos em noções teóricas como Representação (H. Lefebvre), Desenvolvimento Científico (T. S. Kuhn), Formação do Cientista (M. R. Robilotta), Currículo Oculto e Tradição Seletiva (M. W. Apple), Práticas Educacionais (L. C. Freitas) e, baseando-nos nas formulações de L. S. Vygotsky, Avaliação de Processos Educacionais (I. Lunt). O estudo de caso refere-se a uma disciplina de graduação (Física I), a primeira disciplina de Física cursada por alunos que poderão se tornar futuros físicos, coletando informações através de entrevistas semi-estruturadas, análise de documentos, observações de aulas e conversas informais. Pudemos observar, nas representações dos professores, diversos papéis a serem desempenhados pela avaliação nas práticas educacionais e a influência da existência de uma coordenação central para a disciplina de Física I. Pudemos, ainda, perceber as visões de formalismo matemático, de conceituações físicas, de níveis de dificuldades da prova, do "calouro", da disciplina Física I e da evasão, nas representações destes professores. Estas representações mostraram um caráter por vezes contraditório nos valores dos professores e também expõem uma natureza não linear nas relações entre os diversos elementos presentes nas práticas educacionais, indicando um poder, para tais representações, de ser tanto momento de interdição de relações sociais quanto de orientação de suas mudanças, em direção ao possível.

Palavras Chave
universidade, física, avaliação.