Ver o invisível: as metamorfoses do aprender e do ensinar ciências em uma experiência de professoras do 1o ciclo.
Título
Ver o invisível: as metamorfoses do aprender e do ensinar ciências em uma experiência de professoras do 1o ciclo.
Ver o invisível: as metamorfoses do aprender e do ensinar ciências em uma experiência de professoras do 1o ciclo.
Autor
Sheila Alves de Almeida
Sheila Alves de Almeida
Orientação
Maria Emília Caixeta de Castro Lima
Maria Emília Caixeta de Castro Lima
Instituição
UFMG
UFMG
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Ano
2005
2005
Cidade / UF
Belo Horizonte/MG
Belo Horizonte/MG
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
Este trabalho discute o movimento de compreensão que duas professoras foram construindo acerca das ciências e do seu ensino, em uma experiência com crianças do primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Para desenvolver a pesquisa, busquei auxílio, especialmente, nas teorias de Bakhtin, Benjamin, Vygotsky e Larrosa. O percurso da experiência iniciou-se com minha imersão, que se prolongou por seis meses, em uma sala de aula, assumindo a ação pedagógica em parceria com a professora Cristalina Rocha Mayrink, na Escola Municipal Lídia Angélica. Nas reuniões de trabalho, professora e pesquisadora refletiam sobre as experiências de ensino que foram sendo re-significadas a partir das questões que foram surgindo na própria prática. Nesse sentido, o objeto dessa pesquisa diz respeito à experiência do sujeito que a formula, considerando os muitos sentidos encontrados para a experiência, nos encontros e desencontros da pesquisadora com a professora, das duas com o conhecimento e de cada uma consigo mesma. Os encontros para o planejamento do trabalho e as aulas foram registrados por meio de gravações, anotações, fotografias, filmagens e memória. As pistas denunciaram as metamorfoses do trabalho e iluminaram o meu caminho no aprendizado do invisível. Assim, na primeira parte deste trabalho apresento uma revisão bibliográfica a respeito do olhar das pesquisas sobre as professoras que ensinam ciências nas séries iniciais. Na segunda parte conto a minha história com Cristalina. Logo em seguida, instigada pelo meu objeto de pesquisa, busco, através de algumas falas de Cristalina e episódios do cotidiano escolar compreender o processo da experiência de ensinar e aprender ciências por meio de atividades de conhecimento físico. Conclui-se que o encontro e a partilha do trabalho entre professora e pesquisadora foi um elemento primordial para a pesquisa porque na experiência teoria, prática, vida e trabalho, se juntaram. A experiência, no sentido pleno da palavra, e não a prática com experimentos é que dá sentido ao ato educativo. Um outro aspecto apontando na pesquisa é que a aprendizagem e o ensino de ciências nos ciclos e séries iniciais afirma sem concessões a liberdade de pensar, ciências como o exercício do porquê como nos ensinou Cristalina. Assim sendo, a pesquisa remete à necessidade de que as professoras que ensinam ciências nas séries e ciclos iniciais vivam o sabor de ensinar esse conhecimento, vivam ex-postas à experiência de ensinar, portanto, que vivam abertas a metamorfoses, como sujeitos da experiência descrita por Larrosa.
Este trabalho discute o movimento de compreensão que duas professoras foram construindo acerca das ciências e do seu ensino, em uma experiência com crianças do primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Para desenvolver a pesquisa, busquei auxílio, especialmente, nas teorias de Bakhtin, Benjamin, Vygotsky e Larrosa. O percurso da experiência iniciou-se com minha imersão, que se prolongou por seis meses, em uma sala de aula, assumindo a ação pedagógica em parceria com a professora Cristalina Rocha Mayrink, na Escola Municipal Lídia Angélica. Nas reuniões de trabalho, professora e pesquisadora refletiam sobre as experiências de ensino que foram sendo re-significadas a partir das questões que foram surgindo na própria prática. Nesse sentido, o objeto dessa pesquisa diz respeito à experiência do sujeito que a formula, considerando os muitos sentidos encontrados para a experiência, nos encontros e desencontros da pesquisadora com a professora, das duas com o conhecimento e de cada uma consigo mesma. Os encontros para o planejamento do trabalho e as aulas foram registrados por meio de gravações, anotações, fotografias, filmagens e memória. As pistas denunciaram as metamorfoses do trabalho e iluminaram o meu caminho no aprendizado do invisível. Assim, na primeira parte deste trabalho apresento uma revisão bibliográfica a respeito do olhar das pesquisas sobre as professoras que ensinam ciências nas séries iniciais. Na segunda parte conto a minha história com Cristalina. Logo em seguida, instigada pelo meu objeto de pesquisa, busco, através de algumas falas de Cristalina e episódios do cotidiano escolar compreender o processo da experiência de ensinar e aprender ciências por meio de atividades de conhecimento físico. Conclui-se que o encontro e a partilha do trabalho entre professora e pesquisadora foi um elemento primordial para a pesquisa porque na experiência teoria, prática, vida e trabalho, se juntaram. A experiência, no sentido pleno da palavra, e não a prática com experimentos é que dá sentido ao ato educativo. Um outro aspecto apontando na pesquisa é que a aprendizagem e o ensino de ciências nos ciclos e séries iniciais afirma sem concessões a liberdade de pensar, ciências como o exercício do porquê como nos ensinou Cristalina. Assim sendo, a pesquisa remete à necessidade de que as professoras que ensinam ciências nas séries e ciclos iniciais vivam o sabor de ensinar esse conhecimento, vivam ex-postas à experiência de ensinar, portanto, que vivam abertas a metamorfoses, como sujeitos da experiência descrita por Larrosa.
Palavras Chave
invisível, metamorfoses, ensinar ciências.
invisível, metamorfoses, ensinar ciências.
Classificações
Nível escolar
1ª a 4ª Série do EF
1ª a 4ª Série do EF
Área do conteudo
Geral
Geral
Foco Temático
Características do Professor
Características do Professor