O homem e a conquista dos espaços: o que os alunos e os professores fazem, sentem e aprendem na escola.

Título
O homem e a conquista dos espaços: o que os alunos e os professores fazem, sentem e aprendem na escola.
Autor
Paulo Meireles Barguil
Orientação
Luiz Botelho Albuquerque
Instituição
UFC
Grau de Titulação
Doutorado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Ano
2005
Cidade / UF
Fortaleza/CE
Dependência Administrativa:
Federal
Resumo
O Homem, em constante interação com a natureza, elabora saberes – Arte, Ciência, Filosofia e Religião – que lhe permitem exercer cada vez mais o domínio sobre a Mãe-Terra, bem como a ampliação daqueles. O espaço e o tempo são indispensáveis para se compreender os avanços e retrocessos que caracterizam a nossa breve existência. Desde Galileu e Descartes, a Ciência ocupa posição de destaque no cenário ocidental, uma vez que seus valores e crenças invadem de modo crescente o cotidiano das pessoas, em especial, as escolas, que são uma resposta da Humanidade à demanda de ensinar o conhecimento acumulado às novas gerações. O espaço físico (natural ou artificial) influencia o comportamento humano, motivo pelo qual o contexto social deve ser considerado e não ignorado, ao contrário do que rege a Ciência moderna, sob a égide de inaceitável neutralidade. A mudança de paradigmas enseja ao Homem perceber, em novas cores, como a aprendizagem ocorre e o papel que o interesse e a curiosidade têm nesse processo. A compreensão do vínculo que o Homem tem com o meio-ambiente revela-se urgente, haja vista a crescente violência que caracteriza essa relação, motivo pelo qual a Educação Ambiental precisa ser desenvolvida numa abordagem sistêmica e global. O prédio escolar tem uma dimensão pedagógica que costuma ser ignorada pelos estudiosos da Educação. Embora a legislação nacional garanta o direito à Educação, pesquisas realizadas pelo Governo Federal revelam que a qualidade do ensino oferecido às crianças e aos adolescentes deixa muito a desejar, principalmente na rede pública. Um dos aspectos que contribuem para isso é a precariedade dos espaços escolares, que, muitas vezes, não atendem aos requisitos estabelecidos pelo Ministério da Educação. Em Fortaleza, a Prefeitura municipal e o Governo do Estado, por não conseguirem atender à demanda de matrículas em prédios patrimoniais, alugam escolas que costumam não oferecer condições mínimas de funcionamento. A pesquisa, realizada em 2004, contemplou quatro (04) escolas públicas em Fortaleza, sendo duas (02) unidades de cada rede, uma patrimonial e a outra não, e coletou, mediante questionários, informações dos diretores, professores e alunos sobre os locais que mais e menos gostam na escola, o que neles fazem, sentem e aprendem, o que poderia ser feito para melhorá-los, .... Os relatos e as fotografias tomadas pelos noventa (90) sujeitos destacam a influência que o espaço físico tem na sua satisfação com a escola e o seu papel para ampliar/limitar as possibilidades de aprendizagem, permitindo que a sociedade conheça melhor a realidade educacional e se organize para exigir que o poder público adote políticas que transformem a dramaticidade encontrada.
Palavras Chave
currículo, arquitetura escolar, escola pública, educação ambiental.

Classificações

Nível escolar
Geral
Área do conteudo
Física
Foco Temático
Filosofia da Ciência