Produzindo uma disciplina de Bioquímica em uma Faculdade de Medicina na articulação desses campos de saber.
Título
Produzindo uma disciplina de Bioquímica em uma Faculdade de Medicina na articulação desses campos de saber.
Produzindo uma disciplina de Bioquímica em uma Faculdade de Medicina na articulação desses campos de saber.
Autor
Lizelle de Moura Berrutti
Lizelle de Moura Berrutti
Orientação
Diogo Onofre Gomes Souza
Diogo Onofre Gomes Souza
Instituição
UFRGS
UFRGS
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Instituto de Ciências Básicas da Saúde
Instituto de Ciências Básicas da Saúde
Ano
2001
2001
Cidade / UF
Porto Alegre/RS
Porto Alegre/RS
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
Nesta dissertação, procuro entender o funcionamento de uma disciplina científico-acadêmica, a qual denominei "Bioquímica Médica", no seu processo de diferenciação enquanto uma disciplina situada na conexão entre os campos de saber médico e bioquímico. Para essa discussão, procuro ancorar-me em questões trazidas pelos Estudos Culturais e pelos Estudos da Ciência, em suas vertentes pós-estruturalistas. Dentre essas questões, destaco a compreensão da disciplina como um conjunto de estratégias, regras e padrões que regulam a forma como os sujeitos produzem o seu conhecimento sobre o mundo. Discuto também como a disciplina Bioquímica Médica, ao se encontrar implicada em uma formação profissional, incorporava discursos e práticas que articulavam os campos de saber bioquímico e médico, adequando-se ao seu contexto institucional - a Faculdade de Medicina. Nesse processo de articulação, procuro ver como as especificidades dessa disciplina constituíram-se e atuavam enquanto estratégias que, ao atenderem aos interesses institucionais, legitimavam o lugar dessa disciplina nesse Curso. Para a realização desse estudo, utilizei algumas ferramentas da etnografia que me permitiram circular pela variedade de espaços e atividades da disciplina e interagir com as pessoas - estudantes, monitores/as, professores e palestrantes - que dela participavam. Assim, fui tecendo a rede de elementos - aulas teórico-práticas, encontros extraclasse entre os/as monitores/as e os/as estudantes, entrevistas de pacientes no hospital, atividades de informática, reuniões entre os professores e os/as monitores/as, procedimentos pedagógicos, regras e padrões institucionais - que constituíam a disciplina; e, dessa forma, fui (re)construindo e discutindo suas especificidades. Dentre essas especificidades que diferenciavam a Bioquímica Médica enquanto disciplina constituída na articulação dos campos médico e bioquímico, destacava-se a entrevista de pacientes diabéticos/as em um hospital, que incorporava uma prática médica instituída. Nesse processo de articulação, as especificidades da disciplina atuavam, ao mesmo tempo, demarcando um campo de possibilidade no qual determinados objetos - como a diabetes - eram configurados para os/as estudantes enquanto objetos de conhecimento médico-bioquímico, e legitimando a disciplina de Bioquímica no Curso de Medicina.
Nesta dissertação, procuro entender o funcionamento de uma disciplina científico-acadêmica, a qual denominei "Bioquímica Médica", no seu processo de diferenciação enquanto uma disciplina situada na conexão entre os campos de saber médico e bioquímico. Para essa discussão, procuro ancorar-me em questões trazidas pelos Estudos Culturais e pelos Estudos da Ciência, em suas vertentes pós-estruturalistas. Dentre essas questões, destaco a compreensão da disciplina como um conjunto de estratégias, regras e padrões que regulam a forma como os sujeitos produzem o seu conhecimento sobre o mundo. Discuto também como a disciplina Bioquímica Médica, ao se encontrar implicada em uma formação profissional, incorporava discursos e práticas que articulavam os campos de saber bioquímico e médico, adequando-se ao seu contexto institucional - a Faculdade de Medicina. Nesse processo de articulação, procuro ver como as especificidades dessa disciplina constituíram-se e atuavam enquanto estratégias que, ao atenderem aos interesses institucionais, legitimavam o lugar dessa disciplina nesse Curso. Para a realização desse estudo, utilizei algumas ferramentas da etnografia que me permitiram circular pela variedade de espaços e atividades da disciplina e interagir com as pessoas - estudantes, monitores/as, professores e palestrantes - que dela participavam. Assim, fui tecendo a rede de elementos - aulas teórico-práticas, encontros extraclasse entre os/as monitores/as e os/as estudantes, entrevistas de pacientes no hospital, atividades de informática, reuniões entre os professores e os/as monitores/as, procedimentos pedagógicos, regras e padrões institucionais - que constituíam a disciplina; e, dessa forma, fui (re)construindo e discutindo suas especificidades. Dentre essas especificidades que diferenciavam a Bioquímica Médica enquanto disciplina constituída na articulação dos campos médico e bioquímico, destacava-se a entrevista de pacientes diabéticos/as em um hospital, que incorporava uma prática médica instituída. Nesse processo de articulação, as especificidades da disciplina atuavam, ao mesmo tempo, demarcando um campo de possibilidade no qual determinados objetos - como a diabetes - eram configurados para os/as estudantes enquanto objetos de conhecimento médico-bioquímico, e legitimando a disciplina de Bioquímica no Curso de Medicina.
Palavras Chave
estudos culturais, estudos da ciência, disciplina científica.
estudos culturais, estudos da ciência, disciplina científica.
Classificações
Nível escolar
Ensino Superior
Ensino Superior
Área do conteudo
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Foco Temático
Conteúdo-Método
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