A construção da (auto) imagem do professor: Os saberes explícitos e implícitos nos discursos de professores de Física sobre a prática docente e a formação inicial.

Título
A construção da (auto) imagem do professor: Os saberes explícitos e implícitos nos discursos de professores de Física sobre a prática docente e a formação inicial.
Autor
Giselle Faur de. Castro
Orientação
Glória Regina Pessôa Campello Queiroz
Instituição
UFF
Grau de Titulação
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Ano
2009
Cidade / UF
Niterói/RJ
Dependência Administrativa:
Federal
Resumo
Essa dissertação trata de uma pesquisa sobre Prática Docente e Ensino de Física desenvolvida a partir de depoimentos de cinco professores de Física do Ensino Médio, recém-formados, oriundos do curso de Licenciatura em Física de uma mesma instituição pública. Partindo do que esses professores nos revelam, em seus depoimentos/discursos, sobre suas identidades docentes – suas auto-imagens –, o que se pretende nessa pesquisa é evidenciar saberes que baseiam/delineam suas práticas e identidades profissionais, além de identificar a relação desses saberes com a sua formação inicial. A pesquisa tem por característica ser um estudo de caso. Os professores, nossos sujeitos, foram convidados a responder a um questionário e a gravar em áudio uma entrevista semi-estruturada, transcrita para posterior análise. Por meio do questionário, se identifica a formação inicial/continuada dos sujeitos e suas atividades profissionais atuais. Esse questionário contém também uma pergunta aberta sobre os objetivos dos professores para o Ensino de Física. Já na entrevista, os sujeitos são questionados sobre como avaliam sua prática docente e a influência nela da formação inicial que tiveram. O projeto e a análise dos resultados da pesquisa estruturam-se a partir de dois referenciais teóricos: Maurice Tardif com objetivo de entender a natureza dos Saberes que fundamentam as práticas docentes; e Mikhail Bakhtin para compreender, por meio da Análise do Discurso (entrevistas e questionários), os processos dialógicos presentes tanto nas práticas pedagógicas, concebidas como sendo sociais, históricas e temporais, quanto na construção dos saberes e das identidades docentes, além de influentes também nas situações da pesquisa. As análises mostram que é possível identificar, a partir dos discursos dos sujeitos, saberes que baseiam suas práticas, permitindo iluminar o processo de construção de suas identidades profissionais – suas auto-imagens. Das características dessas identidades, é possível inferir marcas comuns – uso da experimentação; ênfase nas concepções alternativas dos alunos; relação dos conteúdos com o cotidiano; referência ao técnico de laboratório da Universidade –, provavelmente construídas na Formação Inicial, ao mesmo tempo em que se torna claro que os professores fazem escolhas individuais, durante a licenciatura, que levam a trajetórias próprias e conduzem a diferentes identidades. Essas escolhas caracterizam o auto-projeto de formação traçado pelos licenciandos, que, na maioria das vezes, não é cogitado pelos currículos das licenciaturas. Assim, os programas de formação devem estar atentos à possível participação dos licenciandos nas decisões sobre o currículo da própria formação inicial e a suas escolhas individuais, determinantes na construção de suas identidades docentes.
Palavras Chave
Análise do conhecimento;prática docente;identidade docente

Classificações

Nível escolar
Ensino Superior
Área do conteudo
Física
Foco Temático
Formação de Professores