Contribuição para a Abordagem de Temas da Atualidade em Sala de Aula: investigando as concepções dos estudantes sobre sangue.
Título
Contribuição para a Abordagem de Temas da Atualidade em Sala de Aula: investigando as concepções dos estudantes sobre sangue.
Contribuição para a Abordagem de Temas da Atualidade em Sala de Aula: investigando as concepções dos estudantes sobre sangue.
Autor
Andréa Soares Davila Ferraz
Andréa Soares Davila Ferraz
Orientação
Maria Sueli Parreira de Arruda
Maria Sueli Parreira de Arruda
Instituição
UNESP
UNESP
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Ciencias
Faculdade de Ciencias
Ano
2003
2003
Cidade / UF
Bauru/SP
Bauru/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Estadual
Resumo
Como ressalta Boltanski (1989), os indivíduos se submetem a um processo de elaboração pessoal que visa traduzir as informações científicas numa linguagem que lhes faça sentido. Assim, traduzem o discurso em categorias de senso comum utilizando seu repertório de conhecimentos e constrói um mapa de informações que lhes servirá como guia de conduta. No que se refere a saúde, o sucesso do educador em obter ampliação dos conceitos pre-existentes, esbarra no fato dos educandos terem dificuldade de entender a linguagem da ciência e, até mesmo, a própria linguagem que ele utiliza em sala de aula; essa condição gera, nos alunos, uma trama de significados tão difíceis de serem transpostos para o seu cotidiano, que eles acabam traduzindo esses novos conhecimentos em uma linguagem própria e de senso comum. O resultado desta situação é a manutenção de conceitos e atitudes que divergem do considerado cientificamente adequado o que, certamente, interfere em seu convívio social e na sua qualidade de vida. Buscando subsídios para essas premissas, o estudo visou identificar as concepções de escolares sobre a temática sangue, um ano após sua abordagem no ambiente escolar; nosso objetivo primeiro foi verificar se o ensino formal foi suficiente para desmitificar crenças, esclarecer preconceitos e curiosidades à respeito do tema. O método utilizado na obtenção dos dados foi a realização de redações sobre o tema e subtemas do sangue. A opção pela redação se deu, por acreditarmos que através da escrita, coletamos a reflexão dos indivíduos sobre o assunto e, de modo, estaríamos identificando as concepções dos alunos sobre o tema e, não apenas, conhecimentos memorizados. A partir dos resultados buscamos discutir a dinâmica da construção das concepções encontradas e a visão de senso comum que engloba o tema mesmo após a abordagem escolar. Os resultados encontrados e discutidos até o momento indicam que, além de muitas dúvidas, os educandos possuem conhecimentos afinados com o senso comum e com a tradição histórica da cultura popular com relação a conceituação e utilização de termos referentes ao sangue; revelam ainda a presença de preconceitos, não desmitificados nas aulas de ciências. Sugerem, desse modo, que a escolaridade não foi suficiente para promover mudanças conceituais sobre o tema, uma vez que esses educandos permaneceram com o discurso de senso comum; é possível que os professores ao abordarem esse assunto estejam conferindo maior ênfase à informação que, estimulando a reflexão dos alunos.
Como ressalta Boltanski (1989), os indivíduos se submetem a um processo de elaboração pessoal que visa traduzir as informações científicas numa linguagem que lhes faça sentido. Assim, traduzem o discurso em categorias de senso comum utilizando seu repertório de conhecimentos e constrói um mapa de informações que lhes servirá como guia de conduta. No que se refere a saúde, o sucesso do educador em obter ampliação dos conceitos pre-existentes, esbarra no fato dos educandos terem dificuldade de entender a linguagem da ciência e, até mesmo, a própria linguagem que ele utiliza em sala de aula; essa condição gera, nos alunos, uma trama de significados tão difíceis de serem transpostos para o seu cotidiano, que eles acabam traduzindo esses novos conhecimentos em uma linguagem própria e de senso comum. O resultado desta situação é a manutenção de conceitos e atitudes que divergem do considerado cientificamente adequado o que, certamente, interfere em seu convívio social e na sua qualidade de vida. Buscando subsídios para essas premissas, o estudo visou identificar as concepções de escolares sobre a temática sangue, um ano após sua abordagem no ambiente escolar; nosso objetivo primeiro foi verificar se o ensino formal foi suficiente para desmitificar crenças, esclarecer preconceitos e curiosidades à respeito do tema. O método utilizado na obtenção dos dados foi a realização de redações sobre o tema e subtemas do sangue. A opção pela redação se deu, por acreditarmos que através da escrita, coletamos a reflexão dos indivíduos sobre o assunto e, de modo, estaríamos identificando as concepções dos alunos sobre o tema e, não apenas, conhecimentos memorizados. A partir dos resultados buscamos discutir a dinâmica da construção das concepções encontradas e a visão de senso comum que engloba o tema mesmo após a abordagem escolar. Os resultados encontrados e discutidos até o momento indicam que, além de muitas dúvidas, os educandos possuem conhecimentos afinados com o senso comum e com a tradição histórica da cultura popular com relação a conceituação e utilização de termos referentes ao sangue; revelam ainda a presença de preconceitos, não desmitificados nas aulas de ciências. Sugerem, desse modo, que a escolaridade não foi suficiente para promover mudanças conceituais sobre o tema, uma vez que esses educandos permaneceram com o discurso de senso comum; é possível que os professores ao abordarem esse assunto estejam conferindo maior ênfase à informação que, estimulando a reflexão dos alunos.
Palavras Chave
educação para a saúde, ensino de ciências, ensino fundamental
educação para a saúde, ensino de ciências, ensino fundamental
Classificações
Nível escolar
5ª a 8ª Série do EF
5ª a 8ª Série do EF
Área do conteudo
Biologia
Biologia
Foco Temático
Características do Aluno
Características do Aluno