A linguagem na formação de conceitos na sala de aula de Física na Educação de Jovens e Adultos.
Título
A linguagem na formação de conceitos na sala de aula de Física na Educação de Jovens e Adultos.
A linguagem na formação de conceitos na sala de aula de Física na Educação de Jovens e Adultos.
Autor
Erico Tadeu Fraga Freitas
Erico Tadeu Fraga Freitas
Orientação
Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca
Maria da Conceição Ferreira Reis Fonseca
Instituição
UFMG
UFMG
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Ano
2010
2010
Cidade / UF
Belo Horizonte/MG
Belo Horizonte/MG
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
Nesta pesquisa investigamos a produção de sentidos por estudantes jovens e adultos nas interações discursivas na sala de aula de Física da Educação de Jovens e Adultos (EJA) durante desenvolvimento de uma sequência de ensino de óptica intitulada “Luz, Cores e Visão”. Direcionamos nosso olhar e análise para a produção discursiva (oral e escrita) dos estudantes em interação com o professor e entre os pares, para investigar como seus modos de dizer se relacionam com o discurso alheio do professor e da ciência escolar. Examinamos também a ação docente na EJA, que teve como objetivo engajar os estudantes na produção de sentidos e, assim, favorecer o domínio de conceitos científicos. Para as análises das produções discursivas dos estudantes e da ação docente selecionamos três episódios de ensino, nos quais professor e estudantes trabalharam conceitos científicos no campo da óptica elementar (reflexão especular e difusa da luz e o modelo de luz e visão). Para isso, valemo-nos dos conceitos de compreensão responsiva de Bakhtin (1953/1997), de abordagem comunicativa de Mortimer & Scott (2003), da distinção entre discurso explicativo e argumentativo (BRONCKART, 1999; VIEIRA & NASCIMENTO, 2009) e das relações dos estudantes com ao discurso escolar (FONTANA, 1996). Nas análises, observamos mudanças bem demarcadas na abordagem comunicativa do professor ao longo de cada um dos episódios, que se iniciavam com um discurso predominantemente interativo/dialógico e terminavam com um discurso não interativo/de autoridade. Por vezes, as elaborações do professor se apoiaram nas produções dos estudantes e nas soluções encontradas por estes ao problema em questão. Notamos, além disso, que os cuidados na escuta, acolhimento e incentivo do professor resultam em efetivo protagonismo dos estudantes na aula e, consequentemente, uma relação de coautoria no discurso da sala de aula e dos sentidos que foram sendo postos em circulação. As análises permitiram evidenciar que as ações do professor, como sustentação da produção discursiva dos estudantes, favoreceram maior entrelaçamento entre as “palavras próprias” dos alunos e as “palavras alheias” da ciência escolar.
Nesta pesquisa investigamos a produção de sentidos por estudantes jovens e adultos nas interações discursivas na sala de aula de Física da Educação de Jovens e Adultos (EJA) durante desenvolvimento de uma sequência de ensino de óptica intitulada “Luz, Cores e Visão”. Direcionamos nosso olhar e análise para a produção discursiva (oral e escrita) dos estudantes em interação com o professor e entre os pares, para investigar como seus modos de dizer se relacionam com o discurso alheio do professor e da ciência escolar. Examinamos também a ação docente na EJA, que teve como objetivo engajar os estudantes na produção de sentidos e, assim, favorecer o domínio de conceitos científicos. Para as análises das produções discursivas dos estudantes e da ação docente selecionamos três episódios de ensino, nos quais professor e estudantes trabalharam conceitos científicos no campo da óptica elementar (reflexão especular e difusa da luz e o modelo de luz e visão). Para isso, valemo-nos dos conceitos de compreensão responsiva de Bakhtin (1953/1997), de abordagem comunicativa de Mortimer & Scott (2003), da distinção entre discurso explicativo e argumentativo (BRONCKART, 1999; VIEIRA & NASCIMENTO, 2009) e das relações dos estudantes com ao discurso escolar (FONTANA, 1996). Nas análises, observamos mudanças bem demarcadas na abordagem comunicativa do professor ao longo de cada um dos episódios, que se iniciavam com um discurso predominantemente interativo/dialógico e terminavam com um discurso não interativo/de autoridade. Por vezes, as elaborações do professor se apoiaram nas produções dos estudantes e nas soluções encontradas por estes ao problema em questão. Notamos, além disso, que os cuidados na escuta, acolhimento e incentivo do professor resultam em efetivo protagonismo dos estudantes na aula e, consequentemente, uma relação de coautoria no discurso da sala de aula e dos sentidos que foram sendo postos em circulação. As análises permitiram evidenciar que as ações do professor, como sustentação da produção discursiva dos estudantes, favoreceram maior entrelaçamento entre as “palavras próprias” dos alunos e as “palavras alheias” da ciência escolar.
Palavras Chave
formação de conceitos, ensino de Física, prática pedagógica, EJA .
formação de conceitos, ensino de Física, prática pedagógica, EJA .
Classificações
Nível escolar
Ensino Médio
Ensino Médio
Área do conteudo
Física
Física
Foco Temático
Formação de Conceitos
Formação de Conceitos