Participação social, problemas ambientais e livro didático
Título
Participação social, problemas ambientais e livro didático
Participação social, problemas ambientais e livro didático
Autor
Fátima de Moulin Costa Grossi
Fátima de Moulin Costa Grossi
Orientação
Sheila Maria Doula
Sheila Maria Doula
Instituição
UFV
UFV
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Ano
2004
2004
Cidade / UF
Viçosa/MG
Viçosa/MG
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
Neste trabalho, foi feita uma pesquisa descritiva sobre o conteúdo ambiental dos livros didáticos de Língua Portuguesa, Geografia, História e de Ciências, de 5.ª a 8.ª séries do Ensino Fundamental, adotados pela educação formal, entendendo que eles são um importante recurso e tem tido uma expressiva influência no processo de ensino-aprendizagem, sendo muitas vezes a única fonte bibliográfica utilizada por professores e alunos. Foram usados os pressupostos da análise do discurso, que tem como unidade o texto, tal como proposta por Eni Orlandi, pelo fato de esta investigar o texto como uma unidade complexa de significação, considerando as condições de sua produção. As considerações formuladas neste trabalho, se constituíram, portanto, em um momento de sistematização de algumas leituras de texto, particularmente sobre a temática ambiental, propiciando uma análise crítica dos vários discursos e procurando reconhecer suas características. Verificou-se que era necessário encontrar traços, isto é, marcas lingüísticas responsáveis pelas diferentes formas do conteúdo ambiental, estabelecendo uma distinção entre o sentido como se veiculavam ou se apresentavam nos textos. Estabeleceu-se assim a classificação entre textos crítico, religioso, idílico, técnico e humorístico. Uma outra forma de classificação foi selecionar os capítulos dos livros didáticos, quanto ao sentido e a forma que se enunciavam quanto à temática ambiental, acreditando que diferentes enunciados podem marcar diferentes posições de discurso em um texto. Foram assim, então, caracterizados em categorias, quais sejam, Transformação, Segunda Natureza e Descrição Física do Espaço para os livros didáticos de Geografia e História; Ciência e Conhecimento, Gaia, Relações entre os Seres Vivos, Cadeia e Teia Alimentar, Equilíbrio Ecológico, Saúde e Saneamento Básico, Tecnologia e Meio Ambiente e o Reino dos Animais e Plantas, para os livros didáticos de Ciências. Ressalta-se que, os livros didáticos de Português devido à formação discursiva de seus capítulos, não inseriram-se dentro dessas categorias, não havendo necessidade então dessa classificação. Verificou-se que os conteúdos dos livros didáticos analisados sob a perspectiva ambiental, não estão cumprindo com a função da concepção da Educação Ambiental e de uma educação para uma escola crítica, capaz de formar um aluno crítico sujeito de sua aprendizagem, conhecedor de sua realidade sócio-ambiental e capaz de nela intervir. Observou-se que, muitos textos considerados pelo discurso ambiental, aparecem muitas vezes desvinculados da realidade do aluno, comprometendo assim a ressonância em sua estrutura cognitiva. Pode-se afirmar ainda, que muitos livros didáticos em relação à temática ambiental, não utilizam os textos e, ou, conteúdos como um meio para se atingirem os fatos, mas para se saber o conteúdo enquanto um fim em si mesmo. Sob esta perspectiva do discurso ambiental, perdem-se assim, os fatos, os objetos de reflexão sobre o qual se está estudando, restando então, só o lugar para se repetir e, ou, decorar automaticamente o conteúdo. Pode-se dizer, que não há um processo real da aprendizagem, e sim, de uma mera transmissão dos conteúdos.
Neste trabalho, foi feita uma pesquisa descritiva sobre o conteúdo ambiental dos livros didáticos de Língua Portuguesa, Geografia, História e de Ciências, de 5.ª a 8.ª séries do Ensino Fundamental, adotados pela educação formal, entendendo que eles são um importante recurso e tem tido uma expressiva influência no processo de ensino-aprendizagem, sendo muitas vezes a única fonte bibliográfica utilizada por professores e alunos. Foram usados os pressupostos da análise do discurso, que tem como unidade o texto, tal como proposta por Eni Orlandi, pelo fato de esta investigar o texto como uma unidade complexa de significação, considerando as condições de sua produção. As considerações formuladas neste trabalho, se constituíram, portanto, em um momento de sistematização de algumas leituras de texto, particularmente sobre a temática ambiental, propiciando uma análise crítica dos vários discursos e procurando reconhecer suas características. Verificou-se que era necessário encontrar traços, isto é, marcas lingüísticas responsáveis pelas diferentes formas do conteúdo ambiental, estabelecendo uma distinção entre o sentido como se veiculavam ou se apresentavam nos textos. Estabeleceu-se assim a classificação entre textos crítico, religioso, idílico, técnico e humorístico. Uma outra forma de classificação foi selecionar os capítulos dos livros didáticos, quanto ao sentido e a forma que se enunciavam quanto à temática ambiental, acreditando que diferentes enunciados podem marcar diferentes posições de discurso em um texto. Foram assim, então, caracterizados em categorias, quais sejam, Transformação, Segunda Natureza e Descrição Física do Espaço para os livros didáticos de Geografia e História; Ciência e Conhecimento, Gaia, Relações entre os Seres Vivos, Cadeia e Teia Alimentar, Equilíbrio Ecológico, Saúde e Saneamento Básico, Tecnologia e Meio Ambiente e o Reino dos Animais e Plantas, para os livros didáticos de Ciências. Ressalta-se que, os livros didáticos de Português devido à formação discursiva de seus capítulos, não inseriram-se dentro dessas categorias, não havendo necessidade então dessa classificação. Verificou-se que os conteúdos dos livros didáticos analisados sob a perspectiva ambiental, não estão cumprindo com a função da concepção da Educação Ambiental e de uma educação para uma escola crítica, capaz de formar um aluno crítico sujeito de sua aprendizagem, conhecedor de sua realidade sócio-ambiental e capaz de nela intervir. Observou-se que, muitos textos considerados pelo discurso ambiental, aparecem muitas vezes desvinculados da realidade do aluno, comprometendo assim a ressonância em sua estrutura cognitiva. Pode-se afirmar ainda, que muitos livros didáticos em relação à temática ambiental, não utilizam os textos e, ou, conteúdos como um meio para se atingirem os fatos, mas para se saber o conteúdo enquanto um fim em si mesmo. Sob esta perspectiva do discurso ambiental, perdem-se assim, os fatos, os objetos de reflexão sobre o qual se está estudando, restando então, só o lugar para se repetir e, ou, decorar automaticamente o conteúdo. Pode-se dizer, que não há um processo real da aprendizagem, e sim, de uma mera transmissão dos conteúdos.
Palavras Chave
Educação ambiental, livros didáticos, participação social
Educação ambiental, livros didáticos, participação social
Classificações
Nível escolar
5ª a 8ª Série do EF
5ª a 8ª Série do EF
Área do conteudo
Geral
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Foco Temático
Recursos Didáticos
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