A Educação Sexual sobre prisma da gravidez na adolescência.

Autor
Ranilce Mascarenhas Guimarães

Orientação
Stella dos Cherubins Guimarães Trois

Grau de Titulação
Mestrado

Unidade / Setor
Faculdade de Educação

Cidade / UF
Brasília/DF

Dependência Administrativa:
Privada

Resumo
O presente estudo se propõe a identificar o posicionamento que a escola, os pais e os adolescentes envolvidos em situação de gravidez apresentam com relação à vivência da gravidez na adolescência e à inclusão da educação sexual no currículo escolar. Utiliza-se da metodologia etnográfica, tendo como cenário da investigação uma escola de ensino médio da Rede Pública do Distrito Federal, situada na cidade satélite de Ceilândia. Através de entrevistas, análise documental e observação do ambiente escolar, foram considerados e analisados os seguintes aspectos: caracterização do/a adolescente envolvido/a em situação de gravidez; o/a adolescente frente à descoberta da gravidez; o/a adolescente e sua visão da postura da família e da escola frente à sua gravidez; o/a adolescente envolvido/a em situação de gravidez e sua relação com a escola; o/a adolescente envolvido/a em situação de gravidez e sua percepção de educação sexual; a família e o caso da gravidez na adolescência; a família e a concepção de educação sexual; a escola e os casos de gravidez na adolescência e; a escola e sua percepção de educação sexual. A pesquisa constata que a gravidez entre adolescentes altera os seus projetos de vida, principalmente no que se refere às suas perspectivas educacionais e profissionais. Aponta a necessidade de escola e de família firmarem parcerias no trato das questões ligadas à educação sexual de crianças e jovens. Denuncia que, apesar de a escola reconhecer a gravidez na adolescência como um problema social, ainda não se encontra técnica e humanamente preparada para lidar devidamente com o problema. Os resultados evidenciaram que a inclusão da educação sexual no currículo escolar, desde o ensino fundamental até o ensino médio, pode representar um dos mecanismos de prevenção mais viáveis dos casos de gravidez na adolescência e de outros problemas ligados direta ou indiretamente ao exercício da sexualidade. Conclui que a inclusão da educação sexual no currículo escolar poderá contribuir para que a aprendizagem se torne muito mais significativa, contribuindo para a formação de cidadãos mais afetivos, saudáveis, livres, éticos e conscientes de seus limites, preparados para exercer sua sexualidade de modo prazeroso, harmonioso, responsável e com amor.

Palavras Chave
gravidez na adolescência; educação sexual; currículo escolar.