Pensamento, cultura científica e educação.
Título
Pensamento, cultura científica e educação.
Pensamento, cultura científica e educação.
Autor
Marcos Pires Leodoro
Marcos Pires Leodoro
Orientação
Hercilia Tavares Miranda
Hercilia Tavares Miranda
Instituição
USP
USP
Grau de Titulação
Doutorado
Doutorado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Ano
2005
2005
Cidade / UF
São Paulo/SP
São Paulo/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Estadual
Resumo
Trata-se de uma pesquisa teórica em educação, problematizando a desarticulação entre pensamento e conhecimento na sociedade contemporânea. Admite-se que o progressivo distanciamento entre o conhecer e o pensar foi consubstanciado pelo desenvolvimento da ciência em interação recíproca com as transformações da cultura material ocorridas desde a Modernidade. A partir de uma linha de argumentação baseada na história da ciência e na epistemologia, é diagnosticada a reconfiguração da pesquisa científica, segundo uma pluralidade metodológica, e dos critérios de racionalidade circunstanciados numa reconsideração do papel do observador e sua participação na ocorrência de um fenômeno. O novo quadro epistemológico reflete os desafios enfrentados pela ciência, sobretudo ao longo do século XX, devido à crise no sistema de representação científica da realidade produzida pela microfísica e pela reavaliação do ideal de uma ciência estritamente formalista e axiomatizada. A radicalidade do novo cenário epistemológico conduz à concepção do ato de conhecer como uma totalidade que envolve os sujeitos cognoscentes e o objeto do conhecimento. As conseqüências desse panorama hodierno para a educação científica são exploradas ao longo do trabalho, advogando-se a instauração de uma cultura científica voltada ao ato de pensar como possibilidade de significação individual e coletiva da ciência. Assim, questiona-se o tradicional enfoque da divulgação do conhecimento científico sem a preocupação com a sua apreensão significativa pelos sujeitos. Em oposição à essa perspectiva, elabora-se a defesa da educação dialógica baseada na intersubjetividade epistêmica do conhecimento e, portanto, na vivência do pensar compartilhada por educandos e educadores. Essa educação privilegia os momentos de construção conceitual e a mobilização dos conhecimentos vivênciais dos educandos por meio de situações-problemas que exploram os potenciais imaginativo, imagético, de elaboração hipotética etc. dos alunos e promovem a problematização e articulação desses conteúdos com os elementos formais da cultura científica. Um momento privilegiado da crítica e possibilidade de transformação da escola tradicional é a formação de professores, pois nele se coadunam, de modo singular, os papéis de educando e educador. Relata-se, neste trabalho, uma situação de formação de professores vivenciada pelo autor, na qual os pressupostos teóricos defendidos foram desenvolvidos em sala de aula como parte da reflexão sobre os desafios e os obstáculos a serem enfrentados na tentativa de rearticular conhecimento e pensamento na educação científica.
Trata-se de uma pesquisa teórica em educação, problematizando a desarticulação entre pensamento e conhecimento na sociedade contemporânea. Admite-se que o progressivo distanciamento entre o conhecer e o pensar foi consubstanciado pelo desenvolvimento da ciência em interação recíproca com as transformações da cultura material ocorridas desde a Modernidade. A partir de uma linha de argumentação baseada na história da ciência e na epistemologia, é diagnosticada a reconfiguração da pesquisa científica, segundo uma pluralidade metodológica, e dos critérios de racionalidade circunstanciados numa reconsideração do papel do observador e sua participação na ocorrência de um fenômeno. O novo quadro epistemológico reflete os desafios enfrentados pela ciência, sobretudo ao longo do século XX, devido à crise no sistema de representação científica da realidade produzida pela microfísica e pela reavaliação do ideal de uma ciência estritamente formalista e axiomatizada. A radicalidade do novo cenário epistemológico conduz à concepção do ato de conhecer como uma totalidade que envolve os sujeitos cognoscentes e o objeto do conhecimento. As conseqüências desse panorama hodierno para a educação científica são exploradas ao longo do trabalho, advogando-se a instauração de uma cultura científica voltada ao ato de pensar como possibilidade de significação individual e coletiva da ciência. Assim, questiona-se o tradicional enfoque da divulgação do conhecimento científico sem a preocupação com a sua apreensão significativa pelos sujeitos. Em oposição à essa perspectiva, elabora-se a defesa da educação dialógica baseada na intersubjetividade epistêmica do conhecimento e, portanto, na vivência do pensar compartilhada por educandos e educadores. Essa educação privilegia os momentos de construção conceitual e a mobilização dos conhecimentos vivênciais dos educandos por meio de situações-problemas que exploram os potenciais imaginativo, imagético, de elaboração hipotética etc. dos alunos e promovem a problematização e articulação desses conteúdos com os elementos formais da cultura científica. Um momento privilegiado da crítica e possibilidade de transformação da escola tradicional é a formação de professores, pois nele se coadunam, de modo singular, os papéis de educando e educador. Relata-se, neste trabalho, uma situação de formação de professores vivenciada pelo autor, na qual os pressupostos teóricos defendidos foram desenvolvidos em sala de aula como parte da reflexão sobre os desafios e os obstáculos a serem enfrentados na tentativa de rearticular conhecimento e pensamento na educação científica.
Palavras Chave
epistemologia, cultura científica, história da ciência.
epistemologia, cultura científica, história da ciência.
Classificações
Nível escolar
Geral
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Área do conteudo
Geral
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Foco Temático
Formação de Professores, Filosofia da Ciência
Formação de Professores, Filosofia da Ciência