O estudo da eficácia da educação ambiental formal à luz da análise do discurso.
Título
O estudo da eficácia da educação ambiental formal à luz da análise do discurso.
O estudo da eficácia da educação ambiental formal à luz da análise do discurso.
Autor
Márcia Correia da Silva Lima
Márcia Correia da Silva Lima
Orientação
Denise Martins Aragão
Denise Martins Aragão
Instituição
UnB
UnB
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidad
Faculdade de Economia, Administração, Contabilidad
Ano
2003
2003
Cidade / UF
Brasília/DF
Brasília/DF
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
O "Estudo da Eficácia da Educação Ambiental Formal à Luz da Análise do Discurso" foi o que mais nos aproximou da possibilidade de verificar, no programa de Educação Ambiental formal, valores que indicassem a sua relevância social e econômica. Como política voltada para a solução de problemas ambientais de cunho moral, não oferecia indicadores de viabilidade, que, como qualquer outra, requer dispêndios públicos e privados. Foi com respaldo na moderna teoria lingüística, ao afirmar que "a linguagem constrói a realidade", que optamos pela Análise do Discurso para buscar evidências da eficácia da EA formal. Criamos um glossário que denominamos "glossário estruturador" para identificar as palavras de paradigmas ambientais que estão presentes no discurso da EA. Entrevistamos os mediadores (ambientalistas, coordenadores e professores) desse programa e comparamos os resultados obtidos com as entrevistas dos beneficiários entrevistados - os alunos de escolas pública e privada. Com o número de ocorrências de palavras do glossário no texto que denominamos "modelo"; e respondendo às perguntas sugeridas por SILVA (2002): a) "O que contar", b) "Onde contar"; e c) "Como contar", a) contamos as ocorrências nas falas dos mediadores e também nas dos alunos, o que denominamos de falas-amostra; b) usamos estes textos, que foram transcritos; e c) utilizamos a Matemática Estatística como ferramenta para quantificar a realização individual do discurso da EA, respectivamente. Os resultados apontam para a necessidade de revisão do programa, porque há dissociação entre teoria e prática, geradora de notável artificialismo. Mais sério ainda é que, de alguma forma, gestores, mediadores e beneficiários acabam por ser coniventes com a degradação do meio ambiente. Os professores começam a "trabalhar" com a Educação Ambiental na qualidade de "simpatizantes com o tema" e nem sempre foram beneficiados pelos cursos oferecidos por órgãos competentes. Na melhor hipótese, são professores de Biologia os que ministram EA nas escolas públicas e privadas. Concluímos que a Educação Ambiental formal, apesar de socialmente valorizada, não é um programa economicamente eficaz, pois não altera a disposição para preservar o bem natural. Em outras palavras, os dispêndios públicos e privados não estão devidamente aplicados, porque não há o retorno que deveria obter um programa dessa natureza.
O "Estudo da Eficácia da Educação Ambiental Formal à Luz da Análise do Discurso" foi o que mais nos aproximou da possibilidade de verificar, no programa de Educação Ambiental formal, valores que indicassem a sua relevância social e econômica. Como política voltada para a solução de problemas ambientais de cunho moral, não oferecia indicadores de viabilidade, que, como qualquer outra, requer dispêndios públicos e privados. Foi com respaldo na moderna teoria lingüística, ao afirmar que "a linguagem constrói a realidade", que optamos pela Análise do Discurso para buscar evidências da eficácia da EA formal. Criamos um glossário que denominamos "glossário estruturador" para identificar as palavras de paradigmas ambientais que estão presentes no discurso da EA. Entrevistamos os mediadores (ambientalistas, coordenadores e professores) desse programa e comparamos os resultados obtidos com as entrevistas dos beneficiários entrevistados - os alunos de escolas pública e privada. Com o número de ocorrências de palavras do glossário no texto que denominamos "modelo"; e respondendo às perguntas sugeridas por SILVA (2002): a) "O que contar", b) "Onde contar"; e c) "Como contar", a) contamos as ocorrências nas falas dos mediadores e também nas dos alunos, o que denominamos de falas-amostra; b) usamos estes textos, que foram transcritos; e c) utilizamos a Matemática Estatística como ferramenta para quantificar a realização individual do discurso da EA, respectivamente. Os resultados apontam para a necessidade de revisão do programa, porque há dissociação entre teoria e prática, geradora de notável artificialismo. Mais sério ainda é que, de alguma forma, gestores, mediadores e beneficiários acabam por ser coniventes com a degradação do meio ambiente. Os professores começam a "trabalhar" com a Educação Ambiental na qualidade de "simpatizantes com o tema" e nem sempre foram beneficiados pelos cursos oferecidos por órgãos competentes. Na melhor hipótese, são professores de Biologia os que ministram EA nas escolas públicas e privadas. Concluímos que a Educação Ambiental formal, apesar de socialmente valorizada, não é um programa economicamente eficaz, pois não altera a disposição para preservar o bem natural. Em outras palavras, os dispêndios públicos e privados não estão devidamente aplicados, porque não há o retorno que deveria obter um programa dessa natureza.
Palavras Chave
políticas públicas; Educação Ambiental Formal
políticas públicas; Educação Ambiental Formal
Classificações
Nível escolar
Ensino Médio
Ensino Médio
Área do conteudo
Biologia
Biologia
Foco Temático
Currículos e Programas
Currículos e Programas