A mediação de conceitos ecológicos e a consolidação de uma proposta de trabalho entre Escola e Universidade.

Título
A mediação de conceitos ecológicos e a consolidação de uma proposta de trabalho entre Escola e Universidade.
Autor
Alexandre Ferreira Lopes
Orientação
Reinaldo L. Sato
Instituição
UFRJ
Grau de Titulação
Mestrado
Unidade / Setor
Instituto de Biologia
Ano
2004
Cidade / UF
Rio de Janeiro/RJ
Dependência Administrativa:
Federal
Resumo
O ensino de ecologia nas escolas está diretamente vinculado ao livro didático de ciências e consequentemente à sala de aula. Sendo esta uma situação controversa, já que os fenômenos naturais estão ocorrendo a todo o momento fora dos livros: no pátio da escola, no bairro, na cidade... Enfim, existem uma série de locais e situações em que conceitos ecológicos podem ser abordados. Uma delas é a ação conjunta entre as escolas e universidades. Partindo deste pensamento, implementamos uma proposta de trabalho com a participação das escolas de três municípios [Macaé, Carapebus e Quissamã] e pesquisadores em ecologia. Esta dissertação foi dividida em dois momentos. Num primeiro, através de uma atividade de campo e com o recurso de mapas mentais, buscamos a representações dos alunos sobre o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba, e ainda, avaliamos a relevância desta atividade de campo em relação aos conceitos prévios destes alunos. Com isso, verificamos que o conhecimento dos estudantes sobre áreas naturais tem grande influência dos livros didáticos e em consequência disto se apresenta de forma padronizada, e carregada de estereótipos. Além disso, verificamos que atividades deste tipo contribuem de forma direta e significativa no processo ensino-aprendizagem dos alunos e professores envolvidos. A atividade permite que os alunos consolidem conceitos e eliminem erros conceituais, se mostrando importante quando feita de forma contextualizada, ou seja, auxiliando, complementando ou até antecedendo aulas teóricas. Num segundo momento, avaliamos em conjunto com 20 escolas a utilização de um novo material didático, com exemplos locais para conceitos ecológicos. Esta avaliação foi realizada de três maneiras diferentes. Com o uso de questionários respondidos pelos professores, com a elaboração de relatórios produzidos também por professores e comparando diferentes recursos didáticos: No campo, aula expositiva e com recurso do material didático produzido. Assim, percebemos a carência de novas produções que tenham ação direta e em conjunto nas escolas, já que seus profissionais sempre mostram-se dispostos participar e projetos como este, desta maneira, acreditamos que as atividades de extensão devem ser ampliadas. Além disso, os alunos, em sua maioria, foram muito receptivos à pesquisa, demonstrando além de cooperação, envolvimento, sendo um público que oferece muitas possibilidades na realização de projetos. Com relação ao material didático podemos afirmar que este caracteriza-se principalmente como material de apoio, ou seja, complementando, ora o trabalho de campo, ora as aulas teóricas. Mas esta característica não descarta seu uso direto na introdução de conceitos, porém tal uso deve ser feito com ressalvas. O formato em fichas se revelou muito útil para o funcionamento das atividades propostas, possibilitando um aproveitamento maior do tempo, mesmo com um número elevado de alunos. Além disso, as atividades com as fichas proporcionaram aos alunos momentos de aprendizagem diferenciados. A possibilidade da atualização das fichas a partir da avaliação de professores e alunos representa uma ação direta, onde a participação coletiva define os caminhos para resolução de problemas, neste caso a falta de produção local voltada para o ensino de Ecologia.
Palavras Chave
Ensino de Ecologia; Aula de Campo; Material Didático; Mapas Mentais; Universidade-Escola.

Classificações

Nível escolar
Geral
Área do conteudo
Biologia
Foco Temático
Conteúdo-Método