Os museus da Universidade Federal da Bahia enquanto espaços de ensino não formal.
Título
Os museus da Universidade Federal da Bahia enquanto espaços de ensino não formal.
Os museus da Universidade Federal da Bahia enquanto espaços de ensino não formal.
Ensino, Filosofia e História das Ciências
Autor
Roberta Smania Marques
Roberta Smania Marques
Orientação
Rejâne Maria Lira da Silva
Rejâne Maria Lira da Silva
Instituição
UFBA/UEFS
UFBA/UEFS
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Ano
2007
2007
Cidade / UF
Salvador/BA
Salvador/BA
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
O presente trabalho teve por objetivo investigar os museus universitários divulgadores do conhecimento científico enquanto espaços de ensino não-formal. A pesquisa foi um estudo de caso de quatro museus da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Foi feita uma caracterização dos museus enquanto espaços de ensino não-formal e uma reflexão sobre o papel dos museus universitários, museus de ciência e tecnologia e as coleções científicas dos departamentos da universidade. Nesta reflexão incluímos a descrição e análise do Museu de Zoologia do Instituto de Biologia e o Museu de Anatomia Comparada da Escola de Medicina Veterinária. Estes não apresentam uma estrutura completa de um museu, na medida em que o primeiro não apresenta uma exposição enquanto o segundo carece de pesquisa, por exemplo. Foram descritos e analisados os programas educativos oferecidos pelo Museu Afro-Brasileiro, Museu de Arqueologia e Etnologia e Museu de Anatomia Comparada através de entrevistas com os respectivos responsáveis das instituições e questionários aplicados com 10% da média do público escolar mensal que freqüenta cada um destes museus. Nesta análise constatamos que a maioria (69,8%) das visitas escolares foi feita por estudantes de escolas municipais, provavelmente por causa da ação das ‘Quartas ao Museu’ promovida pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que estimula que as escolas visitem alguns museus da cidade. Os estudantes entrevistados (215) cursavam da 2ª série do ensino fundamental ao ensino superior, tinham entre 7 a mais de 30 anos de idade e a maioria (53,49%) era do sexo feminino. Impressionou os 56,3% das respostas que afirmaram ser a primeira vez que visitavam um museu. Mesmo que não fosse pretensão da pesquisa, foi constatada a triste realidade do analfabetismo funcional dos estudantes do ensino público, quando queríamos discutir a alfabetização científica nos museus. Todos os professores entrevistados (14) afirmaram que estavam trabalhando o conteúdo das exposições em sala de aula, sendo que a maioria (78,5%) referiu-se a conteúdos ligados à Lei 10.639 que inclui a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” na educação. Os relatos em relação ao programa de educação dos museus, tanto de educadores quanto de educandos, foi positivo de uma forma geral, com algumas ressalvas. Constatamos com essa pesquisa que a concepção de museu do dirigente da instituição influi de forma direta no desenvolvimento dos programas museológicos. Verificamos que os problemas e carências apresentadas pelos museus da UFBA, como por exemplo, a falta de verba e a deficiência no quadro de funcionários que administram e coordenam o espaço, não diferem da realidade dos museus baianos. É urgente que a Universidade reveja a sua política interna em relação ao patrimônio que está sob sua guarda e que conheça a situação destes espaços, para que então construa uma política interna para os museus.
O presente trabalho teve por objetivo investigar os museus universitários divulgadores do conhecimento científico enquanto espaços de ensino não-formal. A pesquisa foi um estudo de caso de quatro museus da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Foi feita uma caracterização dos museus enquanto espaços de ensino não-formal e uma reflexão sobre o papel dos museus universitários, museus de ciência e tecnologia e as coleções científicas dos departamentos da universidade. Nesta reflexão incluímos a descrição e análise do Museu de Zoologia do Instituto de Biologia e o Museu de Anatomia Comparada da Escola de Medicina Veterinária. Estes não apresentam uma estrutura completa de um museu, na medida em que o primeiro não apresenta uma exposição enquanto o segundo carece de pesquisa, por exemplo. Foram descritos e analisados os programas educativos oferecidos pelo Museu Afro-Brasileiro, Museu de Arqueologia e Etnologia e Museu de Anatomia Comparada através de entrevistas com os respectivos responsáveis das instituições e questionários aplicados com 10% da média do público escolar mensal que freqüenta cada um destes museus. Nesta análise constatamos que a maioria (69,8%) das visitas escolares foi feita por estudantes de escolas municipais, provavelmente por causa da ação das ‘Quartas ao Museu’ promovida pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura, que estimula que as escolas visitem alguns museus da cidade. Os estudantes entrevistados (215) cursavam da 2ª série do ensino fundamental ao ensino superior, tinham entre 7 a mais de 30 anos de idade e a maioria (53,49%) era do sexo feminino. Impressionou os 56,3% das respostas que afirmaram ser a primeira vez que visitavam um museu. Mesmo que não fosse pretensão da pesquisa, foi constatada a triste realidade do analfabetismo funcional dos estudantes do ensino público, quando queríamos discutir a alfabetização científica nos museus. Todos os professores entrevistados (14) afirmaram que estavam trabalhando o conteúdo das exposições em sala de aula, sendo que a maioria (78,5%) referiu-se a conteúdos ligados à Lei 10.639 que inclui a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira” na educação. Os relatos em relação ao programa de educação dos museus, tanto de educadores quanto de educandos, foi positivo de uma forma geral, com algumas ressalvas. Constatamos com essa pesquisa que a concepção de museu do dirigente da instituição influi de forma direta no desenvolvimento dos programas museológicos. Verificamos que os problemas e carências apresentadas pelos museus da UFBA, como por exemplo, a falta de verba e a deficiência no quadro de funcionários que administram e coordenam o espaço, não diferem da realidade dos museus baianos. É urgente que a Universidade reveja a sua política interna em relação ao patrimônio que está sob sua guarda e que conheça a situação destes espaços, para que então construa uma política interna para os museus.
Palavras Chave
museus universitários, ensino não-formal, alfabetização científica, divulgação do conhecimento científico, público escolar em museus.
museus universitários, ensino não-formal, alfabetização científica, divulgação do conhecimento científico, público escolar em museus.
Classificações
Nível escolar
Geral
Geral
Área do conteudo
Geral
Geral
Foco Temático
Organização da Inst. Não-Escolar
Organização da Inst. Não-Escolar