Práticas de interpretação em ambientes de aprendizagem de física

Título
Práticas de interpretação em ambientes de aprendizagem de física
Autor
Adelson Fernandes Moreira
Orientação
Oto Néri Borges
Instituição
UFMG
Grau de Titulação
Doutorado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Ano
2003
Cidade / UF
Belo Horizonte/MG
Dependência Administrativa:
Federal
Resumo
Atividades com simulações, exercícios com lápis e papel, e experimentação foram combinados para proporcionar aos alunos ambientes de aprendizagem diferenciados. As interações de alguns grupos de alunos foram gravadas, em áudio e vídeo, e analisadas. Ao compará-las, destacamos e analisamos episódios nos quais as interações vivenciadas, nos diferentes ambientes, contribuíam com os dois focos da pesquisa: Identificação e descrição de procedimentos característicos de uma sala de aula, entendida como um local, no qual ocorre uma prática social específica; Identificação e compreensão de aspectos das práticas de interpretação dos alunos, em atividades envolvendo representações de modelos físicos. Nossos estudos sobre cognição situada, fenomenologia e fundamentos biológicos da cognição direcionaram a análise para a percepção e como ela participa da ação de interpretar. Conduziram também, juntamente com a etnometodologia, a uma abordagem descritiva da sala de aula, realizada através da elaboração de narrativas de situações destacadas durante a observação dos registros em áudio e vídeo. Essas narrativas se constituíram em dados de segunda ordem, base para a delimitação de episódios, com vistas a uma análise mais aprofundada. Trechos dessas narrativas foram transformados, também, em núcleos de descrição, a partir dos quais refletimos sobre a ação de professor e alunos nas salas de aula pesquisadas. Destacamos a percepção como um aspecto essencial do interpretar e do aprender. Salientamos o processo de realimentação mútua entre perceber, conceituar e agir. Chamamos atenção para os aspectos imanentes da percepção e de como, através de estratégias de ensino, recortamos a experiência vivida pelos alunos trazendo à sua consciência elementos perceptuais, que compõem de forma imanente essa experiência. Caracterizamos a sala de aula como uma comunidade de prática e sintetizamos elementos de descrição dessa comunidade. Discutimos, finalmente, as conseqüências dessa abordagem, especialmente, os obstáculos à transposição de aspectos de uma prática científica autêntica para o interior da sala de aula.
Palavras Chave
inovações educacionais; reformas curriculares; implementação.

Classificações

Nível escolar
Ensino Médio
Área do conteudo
Física
Foco Temático
Características do Aluno