A voz e a construção do conhecimento - um encontro possível.
Título
A voz e a construção do conhecimento - um encontro possível.
A voz e a construção do conhecimento - um encontro possível.
Autor
Janice Westphal Román Nappi
Janice Westphal Román Nappi
Orientação
Vivian Leyser da Rosa
Vivian Leyser da Rosa
Instituição
UFSC
UFSC
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Centro de Ciências da Educação
Centro de Ciências da Educação
Ano
2006
2006
Cidade / UF
Florianópolis/SC
Florianópolis/SC
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
Talvez o professor seja um dos únicos profissionais da voz que ainda não dirigiu seu olhar para sua importância, considerando-a não só do ponto de vista de uma "doença" instalada (rouquidão), mas principalmente como uma de suas possíveis aliadas no processo ensino-aprendizagem. Neste sentido, o presente trabalho visa comentar novos aspectos e caminhos que possam mobilizar tanto os profissionais da própria fonoaudiologia (terapeutas), como da educação (professores em geral), quanto a esse instrumento de interação social/educacional/profissional a ser mantido, e também aprimorado. Estabelecer essa discussão justifica-se pela importância de se refletir sobre suas possibilidades e limitações. Na voz, estaria a possibilidade de: ficar comprometida a estrutura de uma aula (quando, por exemplo, a voz faltar ou falhar); modificar a forma de um professor ministrar sua aula (pelo uso de entonações e pausas, por exemplo); evidenciar uma relação com Ciência e Tecnologia (reflexão sobre sua função no ensino); e ainda, associar esta às questões de ensino-aprendizagem (construção de conhecimento nas interações pedagógicas). No presente trabalho, foi utilizado para coleta de dados: um questionário e entrevistas semi-estruturadas. Foram ouvidos representantes desses profissionais da voz - professores universitários dos Cursos de Graduação em Física, Química, Biologia e Matemática, com a finalidade de conhecer suas percepções a respeito das questões vocais, como um meio de identificar caminhos viáveis para inserir discussões nesse sentido, nos espaços educacionais. Este estudo permitiu evidenciar que o ato de falar sobre voz leva os professores à auto-avaliação, despertando-os para a consciência de que ela é mais um instrumento de trabalho a ser lapidado em prol do sucesso na aprendizagem. Também foi possível constatar que os desvios no padrão vocal são reais, causam desvantagem para o professor e interferem no seu trabalho com o conhecimento. Com relação a esse último aspecto, ficam estabelecidos os primeiros indícios e aproximações sobre a relação múltipla entre voz-professor-conhecimento, propondo-se esboços iniciais de uma conexão entre comportamentos vocais e características compatíveis com a construção de conhecimento, a partir da literatura e de alguns princípios construtivistas. O presente trabalho apresenta discussões importantes para a Fonoaudiologia e para a Educação Científica e Tecnológica, contendo dados teóricos e depoimentos que indicam a necessidade de serem complementados com novas pesquisas. Afinal, parece inimaginável dar aula sem a voz...
Talvez o professor seja um dos únicos profissionais da voz que ainda não dirigiu seu olhar para sua importância, considerando-a não só do ponto de vista de uma "doença" instalada (rouquidão), mas principalmente como uma de suas possíveis aliadas no processo ensino-aprendizagem. Neste sentido, o presente trabalho visa comentar novos aspectos e caminhos que possam mobilizar tanto os profissionais da própria fonoaudiologia (terapeutas), como da educação (professores em geral), quanto a esse instrumento de interação social/educacional/profissional a ser mantido, e também aprimorado. Estabelecer essa discussão justifica-se pela importância de se refletir sobre suas possibilidades e limitações. Na voz, estaria a possibilidade de: ficar comprometida a estrutura de uma aula (quando, por exemplo, a voz faltar ou falhar); modificar a forma de um professor ministrar sua aula (pelo uso de entonações e pausas, por exemplo); evidenciar uma relação com Ciência e Tecnologia (reflexão sobre sua função no ensino); e ainda, associar esta às questões de ensino-aprendizagem (construção de conhecimento nas interações pedagógicas). No presente trabalho, foi utilizado para coleta de dados: um questionário e entrevistas semi-estruturadas. Foram ouvidos representantes desses profissionais da voz - professores universitários dos Cursos de Graduação em Física, Química, Biologia e Matemática, com a finalidade de conhecer suas percepções a respeito das questões vocais, como um meio de identificar caminhos viáveis para inserir discussões nesse sentido, nos espaços educacionais. Este estudo permitiu evidenciar que o ato de falar sobre voz leva os professores à auto-avaliação, despertando-os para a consciência de que ela é mais um instrumento de trabalho a ser lapidado em prol do sucesso na aprendizagem. Também foi possível constatar que os desvios no padrão vocal são reais, causam desvantagem para o professor e interferem no seu trabalho com o conhecimento. Com relação a esse último aspecto, ficam estabelecidos os primeiros indícios e aproximações sobre a relação múltipla entre voz-professor-conhecimento, propondo-se esboços iniciais de uma conexão entre comportamentos vocais e características compatíveis com a construção de conhecimento, a partir da literatura e de alguns princípios construtivistas. O presente trabalho apresenta discussões importantes para a Fonoaudiologia e para a Educação Científica e Tecnológica, contendo dados teóricos e depoimentos que indicam a necessidade de serem complementados com novas pesquisas. Afinal, parece inimaginável dar aula sem a voz...
Palavras Chave
voz, construção do conhecimento, formação de professores
voz, construção do conhecimento, formação de professores
Classificações
Nível escolar
Ensino Superior
Ensino Superior
Área do conteudo
Geral
Geral
Foco Temático
Características do Professor
Características do Professor