A Física e os livros: Uma análise do saber físico nos livros didáticos adotados para o ensino médio
Título
A Física e os livros: Uma análise do saber físico nos livros didáticos adotados para o ensino médio
A Física e os livros: Uma análise do saber físico nos livros didáticos adotados para o ensino médio
Educação
Autor
Wagner Wuo
Wagner Wuo
Orientação
Nereide Saviani
Nereide Saviani
Instituição
PUC-SP
PUC-SP
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Ano
1999
1999
Cidade / UF
São Paulo/SP
São Paulo/SP
Dependência Administrativa:
Privada
Privada
Resumo
Esta dissertação teve origem no estudo concernente às transformações e relações existentes entre um saber científico e sua versão escolar. Mais especificamente, o objetivo da pesquisa foi apreender as relações de aproximação e afastamento entre a Física disposta nos livros didáticos para ensino médio e o saber físico como um legado cultural da humanidade. Inicialmente tomou-se como campo de análise os livros editados e reeditados nas últimas duas décadas. Entretanto, no desenvolvimento das investigações, esse campo foi ampliado incluindo-se obras didáticas utilizadas no ensino médio desde o início deste século. A metodologia permitiu visualizar o problema sob diversos aspectos, de modo que a pesquisa desenvolveu-se segundo uma dinâmica tríplice: um movimento no campo didático-pedagógico,um outro no próprio território da Física e adjacências e um terceiro na base empírica constituída pelos livros didáticos. Os resultados deste estudo revelaram: a existência de quatro fases na evolução dos livros didáticos de Física ao longo deste século; a possibilidade de se classificar as obras publicadas após 1980 em quatro grupos; uma tendência, em obras mais recentes, de apresentar não só o conteúdo teórico-conceitual da Física, mas outros aspectos, como o histórico, o filosófico e o social, relacionados com a ciência. A pesquisa não confirmou totalmente a "transposição didática", como concebida por Yves Chevallard, exceto em uma interpretação mais relativa do termo, apoiando algumas das críticas levantadas contra essa noção. Mostrou que o saber físico dos livros não é uma produção de âmbito escolar exclusivo, pois mantém ligações de diversas ordens com a ciência e, embora manifeste um caráter redutor e simplificador muito forte, não se trata de vulgarização do saber original. Na relação que guarda com a ciência, a física dos livros pode ser entendida a partir de um compósito de notas, sendo esta uma composição complexa de elementos provenientes, não só das concepções teóricas da física, mas, e notadamente, do contexto cultural
Esta dissertação teve origem no estudo concernente às transformações e relações existentes entre um saber científico e sua versão escolar. Mais especificamente, o objetivo da pesquisa foi apreender as relações de aproximação e afastamento entre a Física disposta nos livros didáticos para ensino médio e o saber físico como um legado cultural da humanidade. Inicialmente tomou-se como campo de análise os livros editados e reeditados nas últimas duas décadas. Entretanto, no desenvolvimento das investigações, esse campo foi ampliado incluindo-se obras didáticas utilizadas no ensino médio desde o início deste século. A metodologia permitiu visualizar o problema sob diversos aspectos, de modo que a pesquisa desenvolveu-se segundo uma dinâmica tríplice: um movimento no campo didático-pedagógico,um outro no próprio território da Física e adjacências e um terceiro na base empírica constituída pelos livros didáticos. Os resultados deste estudo revelaram: a existência de quatro fases na evolução dos livros didáticos de Física ao longo deste século; a possibilidade de se classificar as obras publicadas após 1980 em quatro grupos; uma tendência, em obras mais recentes, de apresentar não só o conteúdo teórico-conceitual da Física, mas outros aspectos, como o histórico, o filosófico e o social, relacionados com a ciência. A pesquisa não confirmou totalmente a "transposição didática", como concebida por Yves Chevallard, exceto em uma interpretação mais relativa do termo, apoiando algumas das críticas levantadas contra essa noção. Mostrou que o saber físico dos livros não é uma produção de âmbito escolar exclusivo, pois mantém ligações de diversas ordens com a ciência e, embora manifeste um caráter redutor e simplificador muito forte, não se trata de vulgarização do saber original. Na relação que guarda com a ciência, a física dos livros pode ser entendida a partir de um compósito de notas, sendo esta uma composição complexa de elementos provenientes, não só das concepções teóricas da física, mas, e notadamente, do contexto cultural
Palavras Chave
Física; Conhecimento Científico; Livros Didáticos; Transposição Didática
Física; Conhecimento Científico; Livros Didáticos; Transposição Didática
Classificações
Nível escolar
Ensino Médio
Ensino Médio
Área do conteudo
Física
Física
Foco Temático
Recursos Didáticos
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