Prevenção de esquistossomose no contexto escola: Avaliação de um jogo educativo (Sumidouro, RJ).

Autor
Tatiana Figueiredo de Oliveira

Orientação
Simone Souza Monteiro

Grau de Titulação
Mestrado

/RJ

Dependência Administrativa:
Federal

Resumo
A partir de trabalhos de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz sobre o controle da esquistossomose no Município de Sumidouro (RJ) foi desenvolvido o jogo - Por dentro da esquistossomose. Este jogo, voltado para jovens a partir de 12 anos com domínio da escrita e educadores, contém informações sobre prevenção, controle, tratamento e ciclo da esquistossomose. O presente estudo visa identificar em que medida o referido jogo promove o conhecimento sobre a doença e motiva os alunos para adoção de medidas preventivas para o controle dessa endemia em Sumidouro. O público-alvo desta pesquisa foi um grupo de 45 estudantes de ambos os sexos na faixa de 18 a 23 anos. Os alunos são moradores da zona rural e urbana do município de Sumidouro, que estavam cursando o 3º ano do curso de Formação de Professores do CIEP São José de Sumidouro, onde os materiais nunca haviam sido aplicados. A avaliação do material foi realizada segundo os seguintes procedimentos: a) aplicação de questionário pré e pós-uso do jogo educativo; b) observação direta do uso do material pelos alunos; c) realização de grupos focais com os alunos sobre os temas tratados no material; d) modificação do jogo a partir dos dados colhidos. No processo de avaliação buscou-se investigar a repercussão deste material em relação à: aquisição de conhecimento, compreensão das regras e do conteúdo do jogo; interesse, motivação e interação dos participantes e às dificuldades em sua aplicação. Os resultados indicam que o jogo gera motivação e contribuiu para a compreensão das formas de transmissão e prevenção da doença e, desta forma, pode fomentar a adoção de medidas preventivas para um melhor controle da esquistossomose. A avaliação também indicou que o material necessita de aperfeiçoamentos, visando uma melhor compreensão do ciclo de vida do Schistosoma mansoni, e dos meios de prevenção e uma maior adaptação à realidade da população local. O estudo permitiu identificar que os jovens da escola selecionada apresentam algumas noções sobre as formas de transmissão, os sintomas, tratamento, métodos de diagnóstico e medidas preventivas, mesmo antes do uso do jogo. Porém, foi verificada uma grande dificuldade em ordenar o ciclo de vida do parasito e identificar os participantes envolvidos, decorrente da ausência de informações mais precisas sobre a doença, em função do histórico da carência de campanhas educativas continuadas e adequadas à realidade da população, fora e dentro do ambiente escolar. Foi identificado que os jogos educativos podem complementar a aprendizagem, mas não substituem a ação do educador. Com isso, faz-se necessária à formação de profissionais capazes de empenhar-se nos trabalhos de educação em saúde para além das ações já realizadas, como os inquéritos parasitológicos, o uso de medicamentos esquistossomicidas, as ações malacológicas e o saneamento básico.

Palavras Chave
Prevenção, esquistossomose, escola, jogo