Professor, aluno e livro didático em aulas de ciências: análise retórica dos argumentos didáticos
Título
Professor, aluno e livro didático em aulas de ciências: análise retórica dos argumentos didáticos
Professor, aluno e livro didático em aulas de ciências: análise retórica dos argumentos didáticos
Educação Para A Ciência E O Ensino De Matemática
Autor
Ana Lídia Ossak
Ana Lídia Ossak
Orientação
Luzia Marta Bellini
Luzia Marta Bellini
Instituição
UEM
UEM
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Ano
2006
2006
Cidade / UF
Maringá/RR
Maringá/RR
Dependência Administrativa:
Estadual
Estadual
Resumo
Este trabalho apresenta um estudo acerca da retórica constituída entre o professor (orador), seus alunos (auditório) e o livro didático (logos) em uma situação de ensino de ciências. O objetivo foi investigar como os conhecimentos do livro didático de ciências, a respeito da nutrição das plantas, eram comunicados para crianças de 6ª série do Ensino Fundamental. Examinamos os recursos retóricos, utilizados pela professora, para conhecer o alcance dos argumentos científicos entre as crianças. Os procedimentos metodológicos basearam-se em abordagem qualitativa. Fundamentamo-nos em Reboul (1975; 2004), Contenças (1999), Lakoff e Johnson (2002), Breton (2003) e de Perelman (2004; 2005). Analisamos as figuras de retórica do livro didático, utilizado pela professora, e as figuras presentes na dinâmica argumentativa com seus alunos, em três aulas gravadas durante o mês de outubro de 2005. Na constituição dos argumentos, que apresentavam um modelo da nutrição e fisiologia das plantas, pontuamos a presença de figuras como a metáfora, a metonímia, a sinédoque entre outros recursos. Como resultado da investigação destacamos que: a) a professora é conduzida pelos objetivos do livro didático para efetivar seu trabalho pedagógico. Realiza a reconstrução conceitual de fisiologia, indo do particular ao geral, da metonímia à sinédoque (a concretização possível do modelo de nutrição); b) os alunos realizam um movimento contrário, vão da definição geral (sinédoque) às metonímias e às metáforas; querem discutir as singularidades das plantas. Concluímos que, em sala de aula, a professora e os alunos seguem caminhos opostos. A primeira segue o logos do livro didático; os alunos ficam entre as lições, o logos, do livro didático (e da professora) e os conhecimentos próprios sobre algumas características das plantas. Não ocorre uma construção do modelo conceitual da nutrição das plantas entre os alunos, devido à hegemonia do logos do livro didático sobre a professora e os alunos. Apesar do esforço da professora em atingir seu objetivo conduzir seus alunos a um modelo conceitual da nutrição das plantas , as aulas ficam situadas apenas no livro didático e este não atende às metas de aprendizagem acerca da nutrição, uma vez que, o modelo que apresenta (e orienta a professora) é elaborado em termos de uma comunicação geral sobre os processos biológicos.
Este trabalho apresenta um estudo acerca da retórica constituída entre o professor (orador), seus alunos (auditório) e o livro didático (logos) em uma situação de ensino de ciências. O objetivo foi investigar como os conhecimentos do livro didático de ciências, a respeito da nutrição das plantas, eram comunicados para crianças de 6ª série do Ensino Fundamental. Examinamos os recursos retóricos, utilizados pela professora, para conhecer o alcance dos argumentos científicos entre as crianças. Os procedimentos metodológicos basearam-se em abordagem qualitativa. Fundamentamo-nos em Reboul (1975; 2004), Contenças (1999), Lakoff e Johnson (2002), Breton (2003) e de Perelman (2004; 2005). Analisamos as figuras de retórica do livro didático, utilizado pela professora, e as figuras presentes na dinâmica argumentativa com seus alunos, em três aulas gravadas durante o mês de outubro de 2005. Na constituição dos argumentos, que apresentavam um modelo da nutrição e fisiologia das plantas, pontuamos a presença de figuras como a metáfora, a metonímia, a sinédoque entre outros recursos. Como resultado da investigação destacamos que: a) a professora é conduzida pelos objetivos do livro didático para efetivar seu trabalho pedagógico. Realiza a reconstrução conceitual de fisiologia, indo do particular ao geral, da metonímia à sinédoque (a concretização possível do modelo de nutrição); b) os alunos realizam um movimento contrário, vão da definição geral (sinédoque) às metonímias e às metáforas; querem discutir as singularidades das plantas. Concluímos que, em sala de aula, a professora e os alunos seguem caminhos opostos. A primeira segue o logos do livro didático; os alunos ficam entre as lições, o logos, do livro didático (e da professora) e os conhecimentos próprios sobre algumas características das plantas. Não ocorre uma construção do modelo conceitual da nutrição das plantas entre os alunos, devido à hegemonia do logos do livro didático sobre a professora e os alunos. Apesar do esforço da professora em atingir seu objetivo conduzir seus alunos a um modelo conceitual da nutrição das plantas , as aulas ficam situadas apenas no livro didático e este não atende às metas de aprendizagem acerca da nutrição, uma vez que, o modelo que apresenta (e orienta a professora) é elaborado em termos de uma comunicação geral sobre os processos biológicos.
Palavras Chave
Ensino de Ciências, Livro didático, Argumentação, Figuras de retórica
Ensino de Ciências, Livro didático, Argumentação, Figuras de retórica
Classificações
Nível escolar
5ª a 8ª Série do EF
5ª a 8ª Série do EF
Área do conteudo
Biologia
Biologia
Foco Temático
Conteúdo-Método
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