Aids, morte. Criança, vida. A representação social da Aids e suas implicações nas intervenções com crianças
Título
Aids, morte. Criança, vida. A representação social da Aids e suas implicações nas intervenções com crianças
Aids, morte. Criança, vida. A representação social da Aids e suas implicações nas intervenções com crianças
Autor
Juliana Sampaio
Juliana Sampaio
Orientação
Maria de Fátima de Souza Santos
Maria de Fátima de Souza Santos
Instituição
UFPE
UFPE
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Centro de Educação
Centro de Educação
Ano
2001
2001
Cidade / UF
Recife/PE
Recife/PE
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, até o ano de 2000, 6857 crianças menores de treze anos adquiriram o HIV. Busca-se compreender, entretanto, porque as ações preventivas em AIDS são preferencialmente dirigidas a jovens e adultos, mesmo sendo as crianças um grupo cada vez mais atingido. Para tanto, investigou-se as representações sociais da aids de 26 professores do ensino público fundamental do Recife, a partir das técnicas de associação livre, pareamento de palavras e entrevistas semi-dirigidas. Trabalhou-se com tais profissionais, pois eles são um dos principais responsáveis pela inserção da criança no social. Foram, ainda analisados projetos de prevenção de AIDS em escolas, realizados com a CN-DST/AIDS, em todo o Brasil. Para a leitura dos dados obtidos com os professores, utilizaram-se as análises de evocação e conteúdo-temática. A partir de então, pôde-se definir o conteúdo e a estrutura das representações sociais e, junto com a análise documental dos projetos, compreender em que medida as crianças são alvo de trabalhos de prevenção em AIDS. A partir dos resultados conclui-se que a aids está relacionada a grupos marginais e práticas sexuais perversas, tornando-se incompatível com a imagem da criança inocente assexuada existente no imaginário social. Quando se dispute prevenção em AIDS, evidencia-se muito mais o desempenho de práticas sexuais do que a própria sexualidade do sujeito. Tais construções distanciam as crianças das noções de vulnerabilidade, desprivilegiando-as nas intervenções de prevenção.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, até o ano de 2000, 6857 crianças menores de treze anos adquiriram o HIV. Busca-se compreender, entretanto, porque as ações preventivas em AIDS são preferencialmente dirigidas a jovens e adultos, mesmo sendo as crianças um grupo cada vez mais atingido. Para tanto, investigou-se as representações sociais da aids de 26 professores do ensino público fundamental do Recife, a partir das técnicas de associação livre, pareamento de palavras e entrevistas semi-dirigidas. Trabalhou-se com tais profissionais, pois eles são um dos principais responsáveis pela inserção da criança no social. Foram, ainda analisados projetos de prevenção de AIDS em escolas, realizados com a CN-DST/AIDS, em todo o Brasil. Para a leitura dos dados obtidos com os professores, utilizaram-se as análises de evocação e conteúdo-temática. A partir de então, pôde-se definir o conteúdo e a estrutura das representações sociais e, junto com a análise documental dos projetos, compreender em que medida as crianças são alvo de trabalhos de prevenção em AIDS. A partir dos resultados conclui-se que a aids está relacionada a grupos marginais e práticas sexuais perversas, tornando-se incompatível com a imagem da criança inocente assexuada existente no imaginário social. Quando se dispute prevenção em AIDS, evidencia-se muito mais o desempenho de práticas sexuais do que a própria sexualidade do sujeito. Tais construções distanciam as crianças das noções de vulnerabilidade, desprivilegiando-as nas intervenções de prevenção.
Classificações
Nível escolar
Os dados são insuficientes para classificação.
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Área do conteudo
Saúde e Sexualidade
Saúde e Sexualidade
Foco Temático
Características do Professor
Características do Professor