Uma experiência de educação em saúde no contexto da educação integral: saúde escolar nos CIEPS do Rio de Janeiro
Título
Uma experiência de educação em saúde no contexto da educação integral: saúde escolar nos CIEPS do Rio de Janeiro
Uma experiência de educação em saúde no contexto da educação integral: saúde escolar nos CIEPS do Rio de Janeiro
Autor
Dinah Oliveira Santos
Dinah Oliveira Santos
Orientação
Jane Dutra Sayd
Jane Dutra Sayd
Instituição
UERJ
UERJ
Grau de Titulação
Doutorado
Doutorado
Unidade / Setor
Instituto de Medicina Social
Instituto de Medicina Social
Ano
2005
2005
Cidade / UF
Rio de Janeiro/RJ
Rio de Janeiro/RJ
Dependência Administrativa:
Estadual
Estadual
Resumo
O presente estudo teve caráter exploratório e utilizou metodologia qualitativa com o objetivo de desvelar, registrar e analisar criticamente as características do Programa Saúde na Escola em desenvolvimento nos CIEPs do Estado do Rio de Janeiro localizados na sua Área Metropolitana quanto às ações de atendimento clínico e de promoção da saúde e de prevenção de agravos à saúde dos escolares, no contexto das ações de Saúde Escolar desenvolvidas até então nesse espaço urbano. A pesquisa realizada teve dois momentos principais, em alguns períodos coincidentes no tempo, podendo ser sistematizada da seguinte forma: (1) foram realizadas entrevistas para a contextualização da Saúde Escolar no Rio de Janeiro com gestores do Programa Saúde na Escola em desenvolvimento nos Centros Integrados de Educação Pública CIEPs no âmbito do poder estadual, a partir da parceria entre a Secretaria de Estado de Educação/Secretaria de Estado de Defesa Civil/Secretaria de Estado de Saúde e entrevistas conceituais/histórias dos vários momentos da Saúde Escolar no Rio de Janeiro realizadas com profissionais hoje ligados à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro; (2) realizaram-se entrevistas voltadas para o estudo do desenvolvimento do Programa com os supervisores médicos e com os supervisores dentistas de cada uma das doze áreas da região metropolitana do Rio de Janeiro, com diretores de dois CIEPs de cada área, num total de vinte e quatro, por telefone, e com diretores e profissionais de saúde de três CIEPs considerados melhores e três considerados piores conforme critério estabelecido pela coordenação médica que priorizou as ações de promoção da saúde e de prevenção de seus agravos, estas últimas realizadas pessoalmente. As conclusões do estudo levaram em conta, também, as informações e registros da Secretaria de Estado de Defesa Civil e Secretaria de Estado de Educação, sabendo-se que a autora do estudo vem participando do Programa desde o seu início, em 2000, tendo ix realizado capacitações pedagógicas em saúde para os profissionais de saúde em atuação nos CIEPs. As principais conclusões tiradas na presente investigação foram: (1) existe grande número de profissionais de saúde em atuação nos CIEPs embora já tenha havido um maior quantitativo e com um maior número de horas alocadas; (2) existem condições potenciais positivas para o aperfeiçoamento do Programa Saúde na Escola; (3) foram realizados muitos atendimentos clínicos de nível primário para os alunos, mas não há garantia de encaminhamento dos casos que necessitam de atendimentos de maior complexidade, tendo em vista a inexistência de convênios com o SUS; (4) também não existem rotinas para esses atendimentos que acontecem, em grande parte, por livre demanda; (5) há necessidade de uma maior penetração do Programa na comunidade externa/ familiares, assim como acontece com o Programa Saúde da Família, para que seja realizado um atendimento mais efetivo; (6) é dada importância ao trabalho educativo em saúde promoção da saúde e prevenção de agravos na idade escolar por parte da escola, pelos profissionais de saúde e pela comunidade, mas existe necessidade de novos investimentos tendo em vista que a escola não inclui, via de regra, atividades educativas em saúde em sua grade curricular, além de existirem lacunas na formação tanto dos profissionais de saúde quanto nos de educação para a realização das mesmas; (7) não é feito uso de metodologia participativa nas atividades educativas em saúde; (8) a abordagem participativa para o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção é essencial a fim de que o seu resultado esteja voltado para a melhoria das condições de saúde e de vida das pessoas de forma mais concreta; (9) o entendimento da educação em saúde, para que não represente uma intervenção higienista, passa por uma abordagem interdisciplinar e pelo entendimento de que ações realizadas em parceria entre os diferentes setores sociais possuem melhores condições para determinarem mudanças concretas para melhor na vida das pessoas.
O presente estudo teve caráter exploratório e utilizou metodologia qualitativa com o objetivo de desvelar, registrar e analisar criticamente as características do Programa Saúde na Escola em desenvolvimento nos CIEPs do Estado do Rio de Janeiro localizados na sua Área Metropolitana quanto às ações de atendimento clínico e de promoção da saúde e de prevenção de agravos à saúde dos escolares, no contexto das ações de Saúde Escolar desenvolvidas até então nesse espaço urbano. A pesquisa realizada teve dois momentos principais, em alguns períodos coincidentes no tempo, podendo ser sistematizada da seguinte forma: (1) foram realizadas entrevistas para a contextualização da Saúde Escolar no Rio de Janeiro com gestores do Programa Saúde na Escola em desenvolvimento nos Centros Integrados de Educação Pública CIEPs no âmbito do poder estadual, a partir da parceria entre a Secretaria de Estado de Educação/Secretaria de Estado de Defesa Civil/Secretaria de Estado de Saúde e entrevistas conceituais/histórias dos vários momentos da Saúde Escolar no Rio de Janeiro realizadas com profissionais hoje ligados à Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro; (2) realizaram-se entrevistas voltadas para o estudo do desenvolvimento do Programa com os supervisores médicos e com os supervisores dentistas de cada uma das doze áreas da região metropolitana do Rio de Janeiro, com diretores de dois CIEPs de cada área, num total de vinte e quatro, por telefone, e com diretores e profissionais de saúde de três CIEPs considerados melhores e três considerados piores conforme critério estabelecido pela coordenação médica que priorizou as ações de promoção da saúde e de prevenção de seus agravos, estas últimas realizadas pessoalmente. As conclusões do estudo levaram em conta, também, as informações e registros da Secretaria de Estado de Defesa Civil e Secretaria de Estado de Educação, sabendo-se que a autora do estudo vem participando do Programa desde o seu início, em 2000, tendo ix realizado capacitações pedagógicas em saúde para os profissionais de saúde em atuação nos CIEPs. As principais conclusões tiradas na presente investigação foram: (1) existe grande número de profissionais de saúde em atuação nos CIEPs embora já tenha havido um maior quantitativo e com um maior número de horas alocadas; (2) existem condições potenciais positivas para o aperfeiçoamento do Programa Saúde na Escola; (3) foram realizados muitos atendimentos clínicos de nível primário para os alunos, mas não há garantia de encaminhamento dos casos que necessitam de atendimentos de maior complexidade, tendo em vista a inexistência de convênios com o SUS; (4) também não existem rotinas para esses atendimentos que acontecem, em grande parte, por livre demanda; (5) há necessidade de uma maior penetração do Programa na comunidade externa/ familiares, assim como acontece com o Programa Saúde da Família, para que seja realizado um atendimento mais efetivo; (6) é dada importância ao trabalho educativo em saúde promoção da saúde e prevenção de agravos na idade escolar por parte da escola, pelos profissionais de saúde e pela comunidade, mas existe necessidade de novos investimentos tendo em vista que a escola não inclui, via de regra, atividades educativas em saúde em sua grade curricular, além de existirem lacunas na formação tanto dos profissionais de saúde quanto nos de educação para a realização das mesmas; (7) não é feito uso de metodologia participativa nas atividades educativas em saúde; (8) a abordagem participativa para o desenvolvimento de ações de promoção e prevenção é essencial a fim de que o seu resultado esteja voltado para a melhoria das condições de saúde e de vida das pessoas de forma mais concreta; (9) o entendimento da educação em saúde, para que não represente uma intervenção higienista, passa por uma abordagem interdisciplinar e pelo entendimento de que ações realizadas em parceria entre os diferentes setores sociais possuem melhores condições para determinarem mudanças concretas para melhor na vida das pessoas.
Palavras Chave
Programa Saúde na Escola, Educação em Saúde
Programa Saúde na Escola, Educação em Saúde
Classificações
Nível escolar
Geral
Geral
Área do conteudo
Saúde e Sexualidade
Saúde e Sexualidade
Foco Temático
Políticas Públicas
Políticas Públicas