O discurso formativo do biólogo sobre a morte, matizes e metáforas do saber que o sujeito não deseja saber.

Título
O discurso formativo do biólogo sobre a morte, matizes e metáforas do saber que o sujeito não deseja saber.
Autor
Valdecí dos Santos
Orientação
Rosália de Fátima e Silva
Instituição
UFRN
Grau de Titulação
Doutorado
Unidade / Setor
Centro de Biociências
Ano
2008
Cidade / UF
Natal/RN
Dependência Administrativa:
Federal
Resumo
Este estudo – O discurso formativo do biólogo sobre a morte. Matizes e metáforas do saber que o sujeito não deseja saber- evidencia uma construção cognitiva marginal na formação científica do biólogo - a morte. Considera como evidente que a morte é um tema que abrange, simultaneamente, a formação científica do biólogo e a cisão do sujeito, e diz respeito à cisão do duplo vida-morte e aos princípios de inclusão e de exclusão do sujeito. Parte da questão sensibilizadora: Qual a tessitura epistêmica que fundamenta o discurso do biólogo sobre a morte Constitui objeto de estudo o discurso do biólogo sobre a morte. Defende a tese que: A morte é um obstáculo epistemológico anunciador de que algo, sempre, escapará na perspectiva objetiva do conhecimento, especialmente do conhecimento científico, visto que, compreendida como a construção cognitiva sobre a ruptura do fenômeno biológico vida, está implicada na tessitura de construções imaginárias e simbólicas sobre a finitude da vida; constitui-se um saber metafórico – fomentado pelo silêncio ruidoso -, que não se permite conhecer por inteiro, mobilizando, assim, o sujeito à busca/procura de verdades transitórias que reduzam a angústia ontológica de ser-mortal nucleada na dimensão subjetiva implicada no ato de conhecer. É nesse movimento de busca/procura que o objeto mental vida pós-morte ganha um valor simbólico-real que requer um olhar multirreferencial para o objeto de estudo da Biologia – a vida – e a sua implicação: a finitude da vida, especialmente, por deslocar a onipotência da objetividade científica expressa por signos e símbolos que procuram dizer da completude do conhecimento científico -, sinalizando, assim, a existência da dinâmica da incompletude implícita na subjetividade que fundamenta a construção de saberes relativos ao duplo vida-morte e à temporalidade da existência do Homo sapiens sapiens, tendo como eixo norteador o desejo do sujeito, de não desejar saber sobre a morte, implícito nos mecanismos objetivos-subjetivos fundamentados pelo não-dito da morte que constitui a epistemologia da existência do sujeito objetivo-subjetivo, cujo núcleo é a negação da morte. A teia epistêmica teórico-metodológica ancora-se na Multirreferencialidade que favorece um trânsito por correntes teóricas, como, a Psicanálise, a filosofia bachelardiana, a epistemologia da complexidade, a Tanatologia, a Psicologia Social, e a Etnocenologia, e na Entrevista Compreensiva. O desvelamento do objeto de estudo parte da análise dos discursos orais de onze biólogas que atuam no Ensino Médio da Educação Básica, a partir de três eixos norteadores: A morte na história de vida, A morte na formação acadêmica do biólogo e, Concepções sobre conceitos.
Palavras Chave
morte, duplo vida-morte, finitude da vida, concepção de professores.

Classificações

Nível escolar
Ensino Médio
Área do conteudo
Biologia
Foco Temático
Características do Professor