A invenção do corpo e seus abalos: diálogos com o ensino de Biologia.
Título
A invenção do corpo e seus abalos: diálogos com o ensino de Biologia.
A invenção do corpo e seus abalos: diálogos com o ensino de Biologia.
Autor
Elenita Pinheiro de Queiroz Silva
Elenita Pinheiro de Queiroz Silva
Orientação
Graça Aparecida Cicillini
Graça Aparecida Cicillini
Instituição
UFU
UFU
Grau de Titulação
Doutorado
Doutorado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Ano
2010
2010
Cidade / UF
Uberlândia/MG
Uberlândia/MG
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
Este trabalho está inserido na Linha de Pesquisa Políticas, Saberes e Práticas Educativas do curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia. Ele propõe discutir os abalos provocados pela noção de corpo veiculadas na disciplina Biologia, no ensino médio, e de que maneira os(as) professores(as) e alunos(as), o livro didático e as propostas curriculares (âmbito nacional e Estado de Minas Gerais) que orientam o ensino médio, abordam o tema corpo humano. Nesse sentido, ele teve como objetivos realizar uma leitura dos possíveis abalos provocados nesses(as) professores(as) e alunos(as), buscar as noções de corpo que apresentam professores(as) e alunos(as) a partir dos saberes veiculados pela disciplina Biologia; e realizar uma leitura de um livro didático e dos documentos curriculares que orientam o ensino de Biologia, no nível médio, no Brasil e particularmente no estado de Minas Gerais, sobre o tema corpo humano. A noção de “abalo”, pensado como “estados inéditos” que vão se constituindo num fluxo permanente entre um corpo e vários outros foi formulada à luz das contribuições de Guattari, Deleuze e Rolnik. De modo sintético, “abalo” aqui é compreendido como deslocamento sofrido no plano visível e invisível de nossa existência, o que nos faz devir outro corpo. O trabalho insere-se no campo das pesquisas que tem como base teórica os estudos que formulam críticas ao modelo de pesquisa e ciência, que possuem o gosto pelo uno, pelo todo, pela razão, pela objetividade descolada dos processos subjetivos, como inspiram a filosofia de Foucault e Deleuze. Com isso, a leitura dos documentos e das conversas foi realizada, respectivamente, a partir das inspirações das obras de Foucault e Deleuze. Os recursos metodológicos utilizados neste estudo foram entrevistas e grupo focal com professor(as) e alunas(os) de escolas públicas do nível médio da cidade de Uberlândia – MG. Além disso, recorreu-se também, à análise de documentos curriculares que orientam o Ensino Médio e o texto didático. Por meio das entrevistas e do grupo focal realizados em seus vários momentos se procurou mapear as noções de corpo veiculadas pela disciplina Biologia/conhecimento biológico e os abalos por elas provocados nos professores(as) e alunos(as). Para o traçado do mapa quatro pontos de possibilidades foram desenhados: o avesso do corpo: o binômio saúde e doença; a maquinação do corpo: do corpo máquina ao corpo cyborg; a relação interno/externo na constituição do corpo; e, sexualidade, sentimentos, emoções: fora da Biologia. Estes pontos apresentam os fluxos entre a rede de invenções sobre o corpo na ciência biológica e na disciplina Biologia, no contexto da sociedade capitalista, as consequências destas invenções e formas de ressignificação destas, pelas pessoas envolvidas na pesquisa. Os Abalos e noções estão marcados nas conversas pelos traços da fragmentação; das analogias produzidas nas relações de saber e poder, de disciplina e controle; das relações sociais e afetivas que produzem novas formas de relações; das intervenções e associações do vivo e do vivido com a tecnociência; da invisibilidade para os indivíduos das relações entre a ciência e o sociocultural.
Este trabalho está inserido na Linha de Pesquisa Políticas, Saberes e Práticas Educativas do curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Uberlândia. Ele propõe discutir os abalos provocados pela noção de corpo veiculadas na disciplina Biologia, no ensino médio, e de que maneira os(as) professores(as) e alunos(as), o livro didático e as propostas curriculares (âmbito nacional e Estado de Minas Gerais) que orientam o ensino médio, abordam o tema corpo humano. Nesse sentido, ele teve como objetivos realizar uma leitura dos possíveis abalos provocados nesses(as) professores(as) e alunos(as), buscar as noções de corpo que apresentam professores(as) e alunos(as) a partir dos saberes veiculados pela disciplina Biologia; e realizar uma leitura de um livro didático e dos documentos curriculares que orientam o ensino de Biologia, no nível médio, no Brasil e particularmente no estado de Minas Gerais, sobre o tema corpo humano. A noção de “abalo”, pensado como “estados inéditos” que vão se constituindo num fluxo permanente entre um corpo e vários outros foi formulada à luz das contribuições de Guattari, Deleuze e Rolnik. De modo sintético, “abalo” aqui é compreendido como deslocamento sofrido no plano visível e invisível de nossa existência, o que nos faz devir outro corpo. O trabalho insere-se no campo das pesquisas que tem como base teórica os estudos que formulam críticas ao modelo de pesquisa e ciência, que possuem o gosto pelo uno, pelo todo, pela razão, pela objetividade descolada dos processos subjetivos, como inspiram a filosofia de Foucault e Deleuze. Com isso, a leitura dos documentos e das conversas foi realizada, respectivamente, a partir das inspirações das obras de Foucault e Deleuze. Os recursos metodológicos utilizados neste estudo foram entrevistas e grupo focal com professor(as) e alunas(os) de escolas públicas do nível médio da cidade de Uberlândia – MG. Além disso, recorreu-se também, à análise de documentos curriculares que orientam o Ensino Médio e o texto didático. Por meio das entrevistas e do grupo focal realizados em seus vários momentos se procurou mapear as noções de corpo veiculadas pela disciplina Biologia/conhecimento biológico e os abalos por elas provocados nos professores(as) e alunos(as). Para o traçado do mapa quatro pontos de possibilidades foram desenhados: o avesso do corpo: o binômio saúde e doença; a maquinação do corpo: do corpo máquina ao corpo cyborg; a relação interno/externo na constituição do corpo; e, sexualidade, sentimentos, emoções: fora da Biologia. Estes pontos apresentam os fluxos entre a rede de invenções sobre o corpo na ciência biológica e na disciplina Biologia, no contexto da sociedade capitalista, as consequências destas invenções e formas de ressignificação destas, pelas pessoas envolvidas na pesquisa. Os Abalos e noções estão marcados nas conversas pelos traços da fragmentação; das analogias produzidas nas relações de saber e poder, de disciplina e controle; das relações sociais e afetivas que produzem novas formas de relações; das intervenções e associações do vivo e do vivido com a tecnociência; da invisibilidade para os indivíduos das relações entre a ciência e o sociocultural.
Palavras Chave
corpo humano, ensino de Biologia, currículo, ensino médio, livro didático.
corpo humano, ensino de Biologia, currículo, ensino médio, livro didático.
Classificações
Nível escolar
Ensino Médio
Ensino Médio
Área do conteudo
Biologia
Biologia
Foco Temático
Currículos e Programas
Currículos e Programas