Compostagem e horta comunitária como instrumentos de Educação Ambiental em escola municipal infantil de BAURU (SP).

Autor
José Marcos Ribeiro da Silva

Orientação
Aloísio Costa Sampaio

Grau de Titulação
Mestrado

Unidade / Setor
Faculdade de Ciências

Cidade / UF
Bauru/SP

Dependência Administrativa:
Estadual

Resumo
Para fazer frente aos problemas ambientais atuais é indispensável uma educação que não só sensibilize, mas também modifique as atitudes das pessoas e propicie novos conhecimentos, proporcionando-lhes uma nova postura, a partir da reflexão e ação de cada ser humano. Pelo exposto, observa-se a importância da conscientização e participação da comunidade em geral visando uma solução mais eficaz no tratamento dos resíduos sólidos urbanos. Nesse sentido, atividades práticas, com envolvimento direto das crianças, podem auxiliar substancialmente na formação ambiental individual e conseqüentemente em suas residências. Para tanto, construiu-se um mini-pátio de compostagem a céu aberto nas dimensões de 5 x 5 m, dividido em quatro partes e com sistema de coleta de líquidos percolados, "chorume", uma mini-estufa nas dimensões de 3 x 4 m, visando a formação de mudas de hortaliças pelos alunos, e seis canteiros de 1 x 6 m para posterior transplante e cultivo de mudas. A partir dessa infra-estrutura implantada na Escola Municipal Infantil (EMEI) "Carlos Correa Vianna", as crianças participaram de uma palestra sobre os problemas gerados pela disposição inadequada dos resíduos sólidos urbanos, os aspectos de coleta seletiva e o reaproveitamento dos materiais recicláveis numa oficina de reciclagem. Explicaram-se todas as etapas do projeto; coleta diferenciada (com ajuda dos pais, as crianças fizeram a separação do lixo doméstico em duas categorias: orgânicos e inorgânicos), encaminhando-os, respectivamente, para o mini-pátio e para o Posto de Entrega Voluntária (PEV), ambos instalados na própria escola. Os materiais de origem orgânica, restos de alimentos, sofreram o processo de compostagem durante aproximadamente trinta dias, promovendo-se aerações semanais através da movimentação das pilhas de composto. Durante o período de chuvas, as pilhas de composto foram cobertas com filme plástico transparente, evitando-se, assim, o encharcamento excessivo do material orgânico. Este composto, após o processo de "cura", serviu de adubo orgânico nos canteiros que receberam, posteriormente, as mudas formadas na estufa. Os alunos que participaram das atividades teórico-praticas, estavam distribuídos em três turmas de 30 alunos, sendo o pré "A","B"e "C", na faixa etária entre 6 a 7 anos. O ponto mais importante foi a sensibilização dos participantes, pois os instrumentos teórico-práticos empregados foram eficientes no processo de Educação Ambiental das crianças, que aprenderam a separar os resíduos orgânicos e os inorgânicos, sabendo que ambos podem ser reaproveitados.