O uso de problemas no ensino de Ciências a crianças: que sentido tem para o professor

Autor
Sebastião Franco da Silva

Orientação
Isauro Beltran Nuñez

Grau de Titulação
Mestrado

Unidade / Setor
Faculdade de Educação

Cidade / UF
Natal/RN

Dependência Administrativa:
Federal

Resumo
O presente trabalho pretende investigar o uso de problemas no ensino de Ciências, nos ciclos I e II do ensino fundamental. Visa contribuir com o processo de formação e profissionalização docente, considerando a natureza do problema focalizado e as exigências próprias da pesquisa no contexto do Núcleo de Estudo e Pesquisa em Educação Básica (NEPEB), parte do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A pesquisa foi realizada nos municípios de Touros e Ceará-Mirim, em duas etapas de trabalho, e contou 22 (vinte e dois) professores aos quais se aplicaram questionários e com os quais se fizeram entrevistas. O referencial teórico em que se fundamentou este trabalho favoreceu a compreensão de que os processos cognitivos envolvidos na resolução de problemas e a formação de professores para trabalhar essa estratégia de ensino despertam interesse marcante entre os pesquisadores na área de Ciências, na perspectiva da didática dessa disciplina e dentro de uma nova compreensão epistemológica de Ciências. Fazendo a ancoragem em vários desses pressupostos, tornou-se possível construir, a partir da análise dos dados, os sentidos que os professores atribuem ao uso de problemas no ensino de Ciências a crianças, quando utilizam atividades como problemas. Os resultados revelaram a persistência de concepções tradicionais sobre o ensino de Ciências, ou seja, a maioria dos professores, utiliza-se de exercícios em sala de aula sem, no entanto, diferenciá-los de problemas. As conclusões apontam para o fato de que os docentes ainda não têm incorporadas as teses de base filosófica e epistemológica relativamente ao uso de problemas verdadeiros no ensino de Ciências. Ao contrário, apresentam algumas resistências a esse modo de ensino, definindo-o como utópico, uma justificativa que pode estar escamoteando o medo de abandonar as próprias idéias que se foram sedimentado no curso de suas experiências.