Saberes da área de Biologia celular na mídia impressa e na Educação formal e avaliação de jogos durante a formação docente.
Título
Saberes da área de Biologia celular na mídia impressa e na Educação formal e avaliação de jogos durante a formação docente.
Saberes da área de Biologia celular na mídia impressa e na Educação formal e avaliação de jogos durante a formação docente.
Autor
Ana Paula Legey de Siqueira
Ana Paula Legey de Siqueira
Orientação
Claudia Mara Lara Melo Coutinho
Claudia Mara Lara Melo Coutinho
Instituição
FIOCRUZ
FIOCRUZ
Grau de Titulação
Doutorado
Doutorado
Ano
2009
2009
Cidade / UF
Rio de Janeiro/RJ
Rio de Janeiro/RJ
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
São indiscutíveis o acelerado desenvolvimento das pesquisas na área da biologia celular e os impactos para a sociedade a partir das novas descobertas. Objetivamos, no presente trabalho, entender os saberes científicos relacionados a esta área, tanto aqueles que permeiam o público geral, como aqueles apropriados por alunos ingressantes em cursos superiores da área biomédica. Buscando, ainda, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, investigamos a aplicabilidade de estratégia de prática educativa com um olhar voltado à formação de futuros docentes de ciências, atividade esta testada com alunos da disciplina de Biologia Celular de um curso de Ciências Biológicas. Inicialmente, buscamos traçar um perfil da divulgação da área de Biologia Celular pela mídia impressa brasileira de grande circulação. Para tal, analisamos dois jornais diários e três revistas semanais de grande circulação, entre setembro de 2004 e julho de 2005. Os resultados apontam: relevante massa de informação, mas com perfil heterogêneo quanto aos temas e número de matérias veiculadas; viés majoritariamente científico das matérias, seguido por viés político, legal, ético, religioso e, por último, econômico; carência de citação de fontes das informações veiculadas e, em casos excepcionais, referência unicamente a periódicos científicos internacionais; angulação positiva na maioria das notícias. Objetivamos, também, conhecer a qualidade dos saberes prévios relativos à área de Biologia Celular de alunos ingressantes em uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro. Adicionalmente, procuramos investigar alguns aspectos referentes aos recursos pedagógicos aos quais os alunos tiveram acesso durante o ensino médio. Os resultados revelam que muitos alunos carecem até mesmo dos saberes mais básicos sobre célula. Somente um terço do total dos entrevistados demonstrou compreender a célula como unidade morfofisiológica dos seres vivos. Identificamos, ainda, limitação dos alunos para definir termos mais complexos de biologia celular, tais como célula tronco e terapia celular, termos estes que tem ocupado considerável espaço na mídia. Quanto aos recursos pedagógicos a que os alunos tiveram acesso, destacam-se os seguintes resultados: metade dos alunos entrevistados nunca havia utilizado microscópio para visualizar células; o livro didático foi apontado como principal instrumento pedagógico; ausência quase completa de aulas práticas; utilização expressiva da mídia impressa para leitura de notícias científicas. Finalmente, buscamos avaliar o impacto de uma atividade de prática pedagógica no ensino e na formação docente. Avaliamos a metodologia de desenvolvimento e teste de jogos educativos por licenciandos. Dados para análise foram coletados através de dois questionários, imediatamente após o teste dos jogos em sala de aula e dois anos mais tarde, quando os mesmos alunos já haviam concluído a licenciatura. A maioria dos licenciandos avaliou a atividade desenvolvida como criativa, positiva e lúdica, que favorece a interação entre alunos e professor, estimula aprofundamento e contextualização do conhecimento, e ameniza a aridez da exposição de conteúdos específicos em sala de aula. Mesmo dois anos mais tarde, os recém-licenciados continuaram avaliando como positiva a estratégia de propor aos alunos desenvolvimento de jogos educativos para abordar conteúdos científicos.
São indiscutíveis o acelerado desenvolvimento das pesquisas na área da biologia celular e os impactos para a sociedade a partir das novas descobertas. Objetivamos, no presente trabalho, entender os saberes científicos relacionados a esta área, tanto aqueles que permeiam o público geral, como aqueles apropriados por alunos ingressantes em cursos superiores da área biomédica. Buscando, ainda, contribuir para a melhoria da qualidade do ensino, investigamos a aplicabilidade de estratégia de prática educativa com um olhar voltado à formação de futuros docentes de ciências, atividade esta testada com alunos da disciplina de Biologia Celular de um curso de Ciências Biológicas. Inicialmente, buscamos traçar um perfil da divulgação da área de Biologia Celular pela mídia impressa brasileira de grande circulação. Para tal, analisamos dois jornais diários e três revistas semanais de grande circulação, entre setembro de 2004 e julho de 2005. Os resultados apontam: relevante massa de informação, mas com perfil heterogêneo quanto aos temas e número de matérias veiculadas; viés majoritariamente científico das matérias, seguido por viés político, legal, ético, religioso e, por último, econômico; carência de citação de fontes das informações veiculadas e, em casos excepcionais, referência unicamente a periódicos científicos internacionais; angulação positiva na maioria das notícias. Objetivamos, também, conhecer a qualidade dos saberes prévios relativos à área de Biologia Celular de alunos ingressantes em uma universidade pública do estado do Rio de Janeiro. Adicionalmente, procuramos investigar alguns aspectos referentes aos recursos pedagógicos aos quais os alunos tiveram acesso durante o ensino médio. Os resultados revelam que muitos alunos carecem até mesmo dos saberes mais básicos sobre célula. Somente um terço do total dos entrevistados demonstrou compreender a célula como unidade morfofisiológica dos seres vivos. Identificamos, ainda, limitação dos alunos para definir termos mais complexos de biologia celular, tais como célula tronco e terapia celular, termos estes que tem ocupado considerável espaço na mídia. Quanto aos recursos pedagógicos a que os alunos tiveram acesso, destacam-se os seguintes resultados: metade dos alunos entrevistados nunca havia utilizado microscópio para visualizar células; o livro didático foi apontado como principal instrumento pedagógico; ausência quase completa de aulas práticas; utilização expressiva da mídia impressa para leitura de notícias científicas. Finalmente, buscamos avaliar o impacto de uma atividade de prática pedagógica no ensino e na formação docente. Avaliamos a metodologia de desenvolvimento e teste de jogos educativos por licenciandos. Dados para análise foram coletados através de dois questionários, imediatamente após o teste dos jogos em sala de aula e dois anos mais tarde, quando os mesmos alunos já haviam concluído a licenciatura. A maioria dos licenciandos avaliou a atividade desenvolvida como criativa, positiva e lúdica, que favorece a interação entre alunos e professor, estimula aprofundamento e contextualização do conhecimento, e ameniza a aridez da exposição de conteúdos específicos em sala de aula. Mesmo dois anos mais tarde, os recém-licenciados continuaram avaliando como positiva a estratégia de propor aos alunos desenvolvimento de jogos educativos para abordar conteúdos científicos.
Palavras Chave
Palavras-chave: Biologia celular, saberes, ensino de Ciências.
Palavras-chave: Biologia celular, saberes, ensino de Ciências.
Classificações
Nível escolar
Ensino Superior
Ensino Superior
Área do conteudo
Biologia
Biologia
Foco Temático
Características do Aluno
Características do Aluno