O papel educativo dos jardins botânicos: análise das ações educativas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Título
O papel educativo dos jardins botânicos: análise das ações educativas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
O papel educativo dos jardins botânicos: análise das ações educativas no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
Autor
Maria Paula Correia de Souza
Maria Paula Correia de Souza
Orientação
Martha Marandino
Martha Marandino
Instituição
USP
USP
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Ano
2009
2009
Cidade / UF
São Paulo/SP
São Paulo/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Estadual
Resumo
Os jardins botânicos são tipos muito peculiares de museus, principalmente porque apresentam exposições em que os elementos são vivos e, em sua maioria, imóveis. Destaca-se dentre as diversas funções definidas para esse tipo de instituição, a função educativa, em uma perspectiva da valorização crescente da Educação Não Formal. Em uma perspectiva qualitativa de pesquisa em educação, este trabalho analisou as ações educativas oferecidas para o público geral e escolar promovidas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, buscando compreender como estas ações vem sendo desenvolvidas, gerando, assim conhecimento para a reflexão sobre o papel educativo desses espaços. Como parte do processo foi delineada a trajetória histórica dos jardins botânicos em paralelo a dos museus, enfatizando a evolução do papel educativo do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Este delineamento mostrou um aumento na importância do papel educativo nestas instituições. No que concerne o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, nota-se que as relações estabelecidas a principio com o público estavam mais centradas no lazer, a trajetória desta instituição aponta mudanças nestas relações, com paulatina ampliação da função educativa. Salienta-se na historia recente do Jardim as mudanças estruturais, políticas e sociais que levaram a criação de setores exclusivos para atender o público visitante. No sentido de ampliar a compreensão da função social da instituição, faz-se necessário entender quais as concepções e objetivos norteadores das ações educativas desenvolvidas para o público e como são avaliadas e reestruturadas tais ações. Para fundamentação das análises propostas foram criadas categorias baseadas em referenciais oriundos da educação em museus, da comunicação pública da ciência e das tendências pedagógicas em ciências. Em termos gerais, constatou-se que as ações educativas desenvolvidas para o público geral que visita o Jardim Botânico do Rio de Janeiro inserem-se em uma perspectiva mais informacional. Já as ações para o público escolar apontam para maior presença de elementos dialógicos. Nota-se contudo, que as categorias não são totalmente excludentes, isto é, elementos de mais de uma categoria podem caracterizar as ações. Ao que tudo indica esta mescla de características informacionais e dialógicas podem “conviver” nas ações, sem que estas sejam melhores ou piores do ponto de vista da apropriação pelo público, da mesma forma que os modelos de comunicação convivem atualmente e elementos e práticas das diferentes tendências pedagógicas também. Ressalta-se que para além de mapear as ações e caracterizá-las, este estudo pode auxiliar a instituição a ampliar a compreensão destas ações no sentido de adequá-las aos seus objetivos e intenções. Em um contexto mais amplo, esta pesquisa contribui também para a reflexão critica da função social do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na medida em que dá subsídios sobre a imagem educativa e comunicativa que esta sendo passada para seu público. Ademais este estudo também traz evidencias de que as relações com os visitantes têm se tornado cada vez mais importantes para a instituição, legitimando-a perante a sociedade e assumindo assim, importante papel social. Por fim, os resultados deste trabalho reforçam a importância das avaliações e pesquisas sobre as ações educativas desenvolvidas por espaços como jardins botânicos, zoológicos, museus e centros de ciência, no sentido da ampliação da divulgação científica e da efetiva participação do público nas questões relacionadas com a ciência e o ambiente.
Os jardins botânicos são tipos muito peculiares de museus, principalmente porque apresentam exposições em que os elementos são vivos e, em sua maioria, imóveis. Destaca-se dentre as diversas funções definidas para esse tipo de instituição, a função educativa, em uma perspectiva da valorização crescente da Educação Não Formal. Em uma perspectiva qualitativa de pesquisa em educação, este trabalho analisou as ações educativas oferecidas para o público geral e escolar promovidas pelo Jardim Botânico do Rio de Janeiro, buscando compreender como estas ações vem sendo desenvolvidas, gerando, assim conhecimento para a reflexão sobre o papel educativo desses espaços. Como parte do processo foi delineada a trajetória histórica dos jardins botânicos em paralelo a dos museus, enfatizando a evolução do papel educativo do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Este delineamento mostrou um aumento na importância do papel educativo nestas instituições. No que concerne o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, nota-se que as relações estabelecidas a principio com o público estavam mais centradas no lazer, a trajetória desta instituição aponta mudanças nestas relações, com paulatina ampliação da função educativa. Salienta-se na historia recente do Jardim as mudanças estruturais, políticas e sociais que levaram a criação de setores exclusivos para atender o público visitante. No sentido de ampliar a compreensão da função social da instituição, faz-se necessário entender quais as concepções e objetivos norteadores das ações educativas desenvolvidas para o público e como são avaliadas e reestruturadas tais ações. Para fundamentação das análises propostas foram criadas categorias baseadas em referenciais oriundos da educação em museus, da comunicação pública da ciência e das tendências pedagógicas em ciências. Em termos gerais, constatou-se que as ações educativas desenvolvidas para o público geral que visita o Jardim Botânico do Rio de Janeiro inserem-se em uma perspectiva mais informacional. Já as ações para o público escolar apontam para maior presença de elementos dialógicos. Nota-se contudo, que as categorias não são totalmente excludentes, isto é, elementos de mais de uma categoria podem caracterizar as ações. Ao que tudo indica esta mescla de características informacionais e dialógicas podem “conviver” nas ações, sem que estas sejam melhores ou piores do ponto de vista da apropriação pelo público, da mesma forma que os modelos de comunicação convivem atualmente e elementos e práticas das diferentes tendências pedagógicas também. Ressalta-se que para além de mapear as ações e caracterizá-las, este estudo pode auxiliar a instituição a ampliar a compreensão destas ações no sentido de adequá-las aos seus objetivos e intenções. Em um contexto mais amplo, esta pesquisa contribui também para a reflexão critica da função social do Jardim Botânico do Rio de Janeiro, na medida em que dá subsídios sobre a imagem educativa e comunicativa que esta sendo passada para seu público. Ademais este estudo também traz evidencias de que as relações com os visitantes têm se tornado cada vez mais importantes para a instituição, legitimando-a perante a sociedade e assumindo assim, importante papel social. Por fim, os resultados deste trabalho reforçam a importância das avaliações e pesquisas sobre as ações educativas desenvolvidas por espaços como jardins botânicos, zoológicos, museus e centros de ciência, no sentido da ampliação da divulgação científica e da efetiva participação do público nas questões relacionadas com a ciência e o ambiente.
Palavras Chave
museus, jardins botânicos, educação não formal, educação e comunicação em museus.
museus, jardins botânicos, educação não formal, educação e comunicação em museus.
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