Museu Arqueológico de Sambaqui: um olhar necessário

Título
Museu Arqueológico de Sambaqui: um olhar necessário
Educação
Autor
Elizabete Tamanini
Orientação
Pedro Paulo Abreu Funari
Instituição
UNICAMP
Grau de Titulação
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Ano
1994
Cidade / UF
Campinas/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Resumo
A apresentação dos capítulos (momentos) da nossa dissertação pretende ser contribuição ao estudo das manifestações que ocorrem na Cidade, elegendo o Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville (MASJ), como palco privilegiado de sua ação e recriação, tendo como foco de análise a sua função social num país com sérios problemas de Educação, Cultura, Saúde e apresentando índices alarmantes de miséria absoluta, era de se esperar que os paradigmas da Museologia no Mundo que são: espaços concebidos para o envolvimento e participação da sociedade, espaços vivos e presentes nas dimensões das realidades sociais, espaços integrando as mais rigorosas formas de pesquisa cientifica e auto-financiamento, culminando com exercício tecnologia e criatividade, estivessem quase que ausentes do cotidiano dos museus brasileiros. No capítulo 1 (PRIMEIRO MOMENTO), situamos as dimensões da criação e desenvolvimento da Instituição Museu ao longo da História. Centramos nossas observações nas questões relacionadas às transformações ocorridas quanto à forma e conteúdo dos museus face aos paradigmas internacionais. No capítulo 2 (SEGUNDO MOMENTO), com o propósito de compreender a conjuntura dos museus nos dias de hoje, tendo como base a sua utilidade social, apresentamos diversas experiências, abrangendo vários países, situando em campos de pesquisa bastante recentes nos pais: Patrimônio, Arqueologia, Educação e Museologia. Esse desafio histórico dos museus, suas levou-nos à investigação do sentido relações com o seu entorno social, a contradição presente entre Educação como um ato global e permanente e a impregnação de práticas escolares no interior das funções educativas nos museus. Essenciais para o desenvolvimento de nosso trabalho, essas propostas inseriram-nos nas reflexões mais amplas sobre a contribuição dos museus face à problemática da (comunidade) sociedade contemporânea. No capítulo 3 (TERCEIRO MOMENTO), "escavamos" a partir desse olhar necessário, a intimidade do Museu Arqueológico de Sambaqui de Joinville. Contamos sua trajetória desde sua herança de coleção até sua história de criação, suas lutas, seus personagens, sua relação com a conjuntura da política cultural na década de 1970, suas realizações e frustrações. Identificando que, a criação de Museus implica no desejo de classes sociais e interesses políticos. Mostrando ainda que, a permanência de algumas instituições museológicas no Brasil dá-se em virtude de pessoas bem intencionadas que querem fazer um trabalho de qualidade sem ter, no entanto, recursos financeiros e conseqüentemente quadro de pessoal especializado, sendo estas condições básicas para o funcionamento de qualquer instituição museológica que pretende ser cientifica. No capítulo 4 (QUARTO MOMENTO), sintetizamos reflexões que desenvolvemos ao longo dos capítulos anteriores, baseadas em categorias conceituais da Museologia, sugerimos algumas iniciativas necessárias à sobrevivência de museus; em especial os caminhos que o MASJ, possivelmente deverá percorrer. A última parte do capítulo (um olhar necessário), conscientes de sua especificidade, face as nossas primeiras reflexões críticas sobre a função social do MASJ, nestes 25 anos de existência, abordamos propostas quanto à relação dessa Instituição com patrimônio arqueológico e cultural da região, as referentes implicações sobre a participação das populações circunvizinhas na preservação dos sambaquis. Apontamos a necessidade de informatização do acervo e o investimento em pesquisas sistemáticas em diversas áreas afins e a emergência de situar este Museu no cenário das instituições cientificas que produzem conhecimentos, divulgam, seja através de projetos museológicos, educativos ou arqueológicos e propõem à sociedade uma utilidade social.
Palavras Chave
Museu Arqueológico; Educação Informal; Aspectos Sociais.

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