Tecendo redes de diálogo e aprendizagem no coletivo do Pró-Ciências/CEAMECIM.

Autor
Carla de Lima Vasques

Orientação
Débora Pereira Laurino

Grau de Titulação
Mestrado

Unidade / Setor
Departamento de Educação e Ciências do Comportamen

Cidade / UF
Rio Grande/RS

Dependência Administrativa:
Federal

Resumo
Esta pesquisa busca compreender o trabalho coletivo construído por uma Comunidade de Aprendizagem, que foi estabelecida em um curso de formação continuada de professores. Esta comunidade constituiu-se de professores universitários ligados a Educação Ambiental, os quais elaboraram e desenvolveram o curso; de professores do Ensino Médio e da pesquisadora que, para investigar esta ação conjunta, fez uma observação naturalista de participação direta, a partir da inserção ecológica no grupo. Para tanto, foi realizada uma pesquisa qualitativa, e estudada a teoria Ecológica do Desenvolvimento Humano; o significado de coletivo para a constituição de Comunidades de Aprendizagem e os princípios da Educação Ambiental enquanto educação política e interdisciplinar. Os dados da pesquisa forma obtidos dos registros no diário coletivo durante o curso e dos diálogos sobre a ação conjunta no curso, realizados em atividade posterior. Os dados forma organizados sistematicamente e analisados a partir das informações explícitas e implícitas nas unidades de significado, como a análise textual de informações discursivas propõe. Surgiram, então, a posteriori, três categorias de análise: O Coletivo: Formação, Relações e Implicações, que se constitui num entendimento sobre a formação do grupo, a partir da intenção do trabalho coletivo, das relações que se estabeleceram entre os participantes e dos limites presentes nesse tipo de trabalho. Articulação de Práticas: que discute o coletivo a partir de sua heterogeneidade teórica e metodológica, dos despertar do interesse do estudante e da especificidade do professor. E a Movimentação através dos Contextos Ecológicos: que apresenta uma análise sobre o movimento entre os ambientes próximos e distantes de ação direta ou indireta dos participantes, antes, durante e depois do curso, movimentos esses que foram oportunizados por mudanças de papéis ou aprendizagens significativas. Com a análise dos dados, percebe-se que o grupo se constituiu numa Comunidade de Aprendizagem que teve, desde o início, a intenção de um trabalho coletivo e que se formou, a partir de limites, resistências, ausências, possibilidades, reflexões da prática, heterogeneidade teórica, metodológica e de experiências pessoais e profissionais. Com essa pesquisa foi possível entender que enquanto ação instituinte os coletivos de trabalho percorrem trajetórias que contam com muitos meandros, meandros esses que delimitam a própria performance do grupo. Espero, também, que o trabalho sirva de referencial, para aqueles que apostam na constituição de comunidades de aprendizagem.

Palavras Chave
Comunidade de Aprendizagem, Trabalho coletivo, Características do Professor.