Processo identitário profissional: as experiências formativas de licenciandos do curso de Física - UFPI

Autor
Hilda Mara Lopes Araújo

Orientação
Rosália de Fátima e Silva

Grau de Titulação
Doutorado

Unidade / Setor
Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Cidade / UF
Natal/RN

Dependência Administrativa:
Federal

Resumo
Nesta pesquisa, temos como objeto de estudo o processo de identificação com a profissão de discentes do Curso de Licenciatura em Física da Universidade Federal do Piauí. Partimos da seguinte questão: ─ Que relações podemos estabelecer entre os sentidos dados pelos discentes ao conjunto das experiências vivenciadas na sua formação inicial e a construção identitária como docente O pressuposto é de que o processo identitário com a profissão pode conter experiências formativas impossíveis de serem reduzidas às situações de aprendizagem de disciplinas. Consideramos que, no desenvolvimento do processo identitário profissional, as articulações e as conexões que os estudantes estabeleceram consigo, com o outro - seus professores formadores, gestores - e com o mundo - a Universidade, a escola pública - devem ser compreendidas nas relações de interdependência, consubstanciadas nas experiências vivenciadas durante a etapa inicial de formação. Logo, nosso objetivo é compreender o processo de identificação dos discentes com a profissão docente, com base nos sentidos dados às suas experiências formativas. Para tanto, utilizamos a metodologia da Entrevista Compreensiva, e elegemos como princípios teóricos metodológicos: a multirreferencialidade, "configuração e interdependência‟, a relação entre „identidade e alteridade‟, a „escuta sensível e o „artesanato intelectual‟. O trabalho é organizado em duas partes: a primeira, desenvolvida em dois capítulos, é de caráter introdutório. A segunda parte desdobra-se em cinco capítulos, e constitui o desenvolvimento da tese. Em “trajetórias”, desvelamos, a partir das ações e intenções que mobilizaram os discentes, processos referentes à escolha do curso, e, desta forma, as identificações iniciais com o ser um discente universitário. Buscamos identificar possíveis dissonâncias entre o currículo „instituído e instituinte‟, bem como as implicações de sua gestão no conjunto das experiências formativas dos professores futuros. Em suma, procuramos captar, por meio das falas de um grupo de estudantes, os sinais, as imagens e os sentidos de suas experiências formativas, as quais indicam como se constrói uma visão da profissão docente. Com este estudo, visamos contribuir para as pesquisas sobre as licenciaturas, tomando como eixo os processos formativos que configuram esses cursos. Por fim, que se possam, sobremaneira, pensar políticas de formação, a partir de exigências internas, vivenciadas nos processos formativos.

Palavras Chave
Experiências formativas;Identidade profissional;Formação docente.