Análise da manifestação de elementos de metavisualização na aprendizagem de Química

Título
Análise da manifestação de elementos de metavisualização na aprendizagem de Química
Autor
Solange Wagner Locatelli
Orientação
Agnaldo Arroio
Instituição
USP
Grau de Titulação
Mestrado
Unidade / Setor
Instituto de Química, Instituto de Física, Institu
Ano
2011
Cidade / UF
São Paulo/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Resumo
O estudo em questão é uma pesquisa de caráter qualitativo, em que se procurou analisar elementos de metavisualização manifestados por oito estudantes de uma turma de 2.o ano do Ensino Médio de um colégio particular em Cotia-SP, durante a realização de uma atividade de construção do conceito de isomeria geométrica. Com relação à ciência Química, ela pode ser compreendida através de três níveis representacionais que são o microscópico, macroscópico e simbólico, que aparecem na forma de modelos e expressos publicamente de variadas maneiras, entre elas de visualizações. Dessa forma, a compreensão das visualizações é requerida para que o aluno compreenda determinado assunto e, neste sentido, torna-se fundamental que ele se torne metacognitivo com relação às habilidades visuais de decodificação de imagens, ou seja, é necessário pensar sobre as visualizações, o que chamamos nesse trabalho de habilidade metavisual. Ao se tornar metacognitivo haverá a possibilidade de monitoramento e regulação da aprendizagem. Para esse estudo, os alunos em duplas realizaram a atividade (1) com desenhos, com o objetivo de verificar se eles conseguiam distinguir espacialmente moléculas iguais e moléculas diferentes para a construção do conceito inicial de isomeria geométrica. Assim, eles entregaram os desenhos, as transcrições e a gravação contendo a elaboração da atividade (1), utilizando-se a técnica do think aloud, que significa falar em voz alta os seus pensamentos. Na sequência, realizaram a atividade (2) com modelos 3D, para verificar se havia indícios de habilidades visuais nesses alunos, sendo que essa foi filmada e transcrita pela própria pesquisadora. Por fim, complementando-se a coleta de dados com algumas entrevistas individuais. Para análise dos indícios da manifestação da metavisualização, os incidentes metavisuais, primeiramente foi criada uma categoria binária (sim ou não) para identificar esses indícios de pensamento metavisual na atividade (1). Esses incidentes metavisuais assim categorizados ainda foram classificados em incidentes de confirmação, de monitoramento e de mudança de opinião, com o propósito de se verificar em que medida eles interferiam no processo de elaboração da atividade (1) pelos alunos. Com a análise dos resultados, pode-se observar que houve indícios de manifestação de 7 metavisualização em todos os grupos, mas com diferentes incidências e que a natureza predominante desses incidentes foi de monitoramento (50%). Além disso, alguns fatores possivelmente envolvidos foram identificados e analisados: ideias prévias, concepções alternativas, natureza da atividade, motivação, presença de um mediador, compreensão dos procedimentos, conhecimento das convenções e conceitos, trabalho colaborativo e habilidades visuais. Quanto a esse último aspecto, os resultados permitem sugerir a existência de uma estreita relação entre esse fator e a incidência metavisual. Assim, o desenvolvimento, as facilidades e dificuldades de cada grupo aconteceram de formas diferentes, justamente pelo caráter multifatorial, alguns atuando de forma positiva ou negativa. Finalizando, ressalta-se aqui, que ainda há poucos estudos sobre metacognição e especialmente sobre metavisualização no ensino de Química e assim, reafirma-se a grande importância de investimentos nessa área do conhecimento.
Palavras Chave
Ensino de química; Habilidades visuais; Metacognição; Metavisualização

Classificações

Nível escolar
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Foco Temático
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