Brincar e aprender: o jogo como ferramenta pedagógica no ensino de Física
Título
Brincar e aprender: o jogo como ferramenta pedagógica no ensino de Física
Brincar e aprender: o jogo como ferramenta pedagógica no ensino de Física
Autor
Magali Fonseca de Castro Lima
Magali Fonseca de Castro Lima
Orientação
Vitorvani Soares
Vitorvani Soares
Instituição
UFRJ
UFRJ
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Instituto de Física
Instituto de Física
Ano
2011
2011
Cidade / UF
Rio de Janeiro/RJ
Rio de Janeiro/RJ
Dependência Administrativa:
Estadual
Estadual
Resumo
Este trabalho propõe a utilização do jogo Ludo como ferramenta pedagógica para apresentação de conceitos de cinemática à alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio. Este jogo permite o "monitoramento" das grandezas posição, velocidade e deslocamento de objetos do jogo que "simulam" um movimento uniforme ou um movimento uniformemente variado sobre o tabuleiro. Ludo (do latim ludo, "Eu brinco") é um simples jogo composto por um tabuleiro para dois ou quatro jogadores, no qual eles tem que percorrer uma trilha com os seus quatro peões - desde o início até o final da trilha - segundo o lançamento repetido de um ou mais dados. Adaptamos esse jogo de maneira que os alunos coletam dados relevantes pra a descrição das partidas, organizam esses mesmos dados em tabelas que mais tarde são utilizadas para a construção de gráficos associados a descrição do movimento dos peões sobre o tabuleiro. A análise desses dados é realizada de maneira que os alunos compreendam as funções denominadas na literatura científica como função horária da posição do movimento uniforme e função horária da posição do movimento uniformemente variado. Desta forma, através do jogo os alunos aprendem a lidar com a escrita, a leitura e a interpretação de dados e, desta forma, se familiarizem com a linguagem científica. A maior contribuição da atividade lúdica, identificada neste trabalho, é proporcionar aos alunos uma prática análoga a dos cientistas, dentro dos padrões e exigências de um laboratório experimental mas sem a tensão psicológica natural da atividade profissional: eles observam um evento, coletam os dados que descrevem o fenômeno observado e eles procuram relações entre as grandezas consideradas sem ignorar o prazer da atividade. Os jogos propostos neste trabalho podem desenvolver habilidades importantes não só para o ensino de física. As atividades podem começar pela construção do tabuleiro, dos dados que serão lançados e das peças que irão se locomover no tabuleiro, resgatando atividades artísticas através do emprego da geometria no planejamento e na montagem de sólidos geométricos envolvidos na atividade. O desenvolvimento da habilidade de construir e interpretar gráficos é importante para a cultura geral e científica, permitindo o entendimento não só de gráficos apresentados em artigos científicos mas também aqueles apresentados nos jornais diários com informações políticas, sociais ou tecnológicas. A habilidade em escrever equações que representam a relação entre duas ou mais grandezas, também abordada atividades apresentadas nesta dissertação, podem de grande valia para o desenvolvimento do processo de abstração do estudante. Essa ferramenta pedagógica pode ser potencializada pelo entusiasmo do professor no seu emprego e pela receptividade dos alunos. Pode parecer que em um primeiro momento nem todos os professores fiquem tão à vontade para utilizar esses jogos como ferramenta pedagógica quanto aqueles que propõem esse trabalho. De fato, é bastante comum a perda da ludicidade ao longo do processo de amadurecimento, como se brincar fosse destinado apenas às crianças e oferecesse apenas prazer. Entretanto, o ato de brincar pode trazer, além do prazer, a habilidade de ousar, a autoconfiança, a oportunidade de interagir com os outros e a construção de modelos mentais que podem auxiliar significativamente no aprendizado. A brincadeira estabelece um vínculo afetivo entre o aluno e o aprendizado, promovendo no aluno o gosto em participar ativamente do processo de ensino e aprendizagem, como atua na brincadeira. Evidentemente, aprender brincando não é a única forma de aprendizado e, talvez, nem seja a mais eficiente. Espera-se, contudo, que esta atividade pedagógica possa ser uma das mais prazerosas tanto para o educando quanto para o educador.
Este trabalho propõe a utilização do jogo Ludo como ferramenta pedagógica para apresentação de conceitos de cinemática à alunos do 9º ano do ensino fundamental e do 1º ano do ensino médio. Este jogo permite o "monitoramento" das grandezas posição, velocidade e deslocamento de objetos do jogo que "simulam" um movimento uniforme ou um movimento uniformemente variado sobre o tabuleiro. Ludo (do latim ludo, "Eu brinco") é um simples jogo composto por um tabuleiro para dois ou quatro jogadores, no qual eles tem que percorrer uma trilha com os seus quatro peões - desde o início até o final da trilha - segundo o lançamento repetido de um ou mais dados. Adaptamos esse jogo de maneira que os alunos coletam dados relevantes pra a descrição das partidas, organizam esses mesmos dados em tabelas que mais tarde são utilizadas para a construção de gráficos associados a descrição do movimento dos peões sobre o tabuleiro. A análise desses dados é realizada de maneira que os alunos compreendam as funções denominadas na literatura científica como função horária da posição do movimento uniforme e função horária da posição do movimento uniformemente variado. Desta forma, através do jogo os alunos aprendem a lidar com a escrita, a leitura e a interpretação de dados e, desta forma, se familiarizem com a linguagem científica. A maior contribuição da atividade lúdica, identificada neste trabalho, é proporcionar aos alunos uma prática análoga a dos cientistas, dentro dos padrões e exigências de um laboratório experimental mas sem a tensão psicológica natural da atividade profissional: eles observam um evento, coletam os dados que descrevem o fenômeno observado e eles procuram relações entre as grandezas consideradas sem ignorar o prazer da atividade. Os jogos propostos neste trabalho podem desenvolver habilidades importantes não só para o ensino de física. As atividades podem começar pela construção do tabuleiro, dos dados que serão lançados e das peças que irão se locomover no tabuleiro, resgatando atividades artísticas através do emprego da geometria no planejamento e na montagem de sólidos geométricos envolvidos na atividade. O desenvolvimento da habilidade de construir e interpretar gráficos é importante para a cultura geral e científica, permitindo o entendimento não só de gráficos apresentados em artigos científicos mas também aqueles apresentados nos jornais diários com informações políticas, sociais ou tecnológicas. A habilidade em escrever equações que representam a relação entre duas ou mais grandezas, também abordada atividades apresentadas nesta dissertação, podem de grande valia para o desenvolvimento do processo de abstração do estudante. Essa ferramenta pedagógica pode ser potencializada pelo entusiasmo do professor no seu emprego e pela receptividade dos alunos. Pode parecer que em um primeiro momento nem todos os professores fiquem tão à vontade para utilizar esses jogos como ferramenta pedagógica quanto aqueles que propõem esse trabalho. De fato, é bastante comum a perda da ludicidade ao longo do processo de amadurecimento, como se brincar fosse destinado apenas às crianças e oferecesse apenas prazer. Entretanto, o ato de brincar pode trazer, além do prazer, a habilidade de ousar, a autoconfiança, a oportunidade de interagir com os outros e a construção de modelos mentais que podem auxiliar significativamente no aprendizado. A brincadeira estabelece um vínculo afetivo entre o aluno e o aprendizado, promovendo no aluno o gosto em participar ativamente do processo de ensino e aprendizagem, como atua na brincadeira. Evidentemente, aprender brincando não é a única forma de aprendizado e, talvez, nem seja a mais eficiente. Espera-se, contudo, que esta atividade pedagógica possa ser uma das mais prazerosas tanto para o educando quanto para o educador.
Classificações
Nível escolar
Os dados são insuficientes para classificação.
Os dados são insuficientes para classificação.
Área do conteudo
Os dados são insuficientes para classificação.
Os dados são insuficientes para classificação.
Foco Temático
Os dados são insuficientes para classificação.
Os dados são insuficientes para classificação.