A articulação das culturas humanística e científica por meio do estudo histórico-sociocultural dos trabalhos de James Prescott Joule: contribuições para a formação de professores universitários em uma perspectiva transformadora

Título
A articulação das culturas humanística e científica por meio do estudo histórico-sociocultural dos trabalhos de James Prescott Joule: contribuições para a formação de professores universitários em uma perspectiva transformadora
Autor
Wellington Pereira Queirós
Orientação
Roberto Nardi
Instituição
UNESP
Grau de Titulação
Doutorado
Unidade / Setor
Faculdade de Ciências
Ano
2012
Cidade / UF
Bauru/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Resumo
O objetivo desta pesquisa foi analisar, na perspectiva sociocultural, os trabalhos do cientista James Prescott Joule, mostrando as possíveis contribuições desta análise para proporcionar um maior diálogo entre a cultura científica e humanística, no processo de formação de professores universitários de Física, numa perspectiva transformadora. A metodologia da pesquisa é de caráter qualitativo documental e foi constituída de duas fases articuladas entre si. Na primeira fase foi feito um estudo do trabalho do cientista James Prescott Joule, utilizando-se de publicações originais e obras de historiadores da Ciência. Realizamos uma análise, a partir dos estudos de Fleck, na qual identificamos os coletivos de pensamento, do qual Joule participou e compartilhou ideias e práticas, que denominamos de técnico, científico, eficiência experimental e convertibilidade, os quais contribuíram para as suas pesquisas, no estabelecimento do princípio da conservação da energia. A segunda fase da pesquisa consistiu em um levantamento de dados empíricos da literatura realizado a partir de teses, dissertações de pesquisas sobre a concepção de professores universitários sobre ensino-aprendizagem, currículo e História e Filosofia da Ciência (HFC). A análise dos dados revela que uma minoria de professores tem uma leve tendência a uma visão transformadora, que são os professores que têm uma formação específica e humanística. No entanto, na maioria dos docentes universitários, sobretudo os de formação específica, os discursos revelam uma forte tendência para priorizar o ensino e aprendizagem dos conteúdos específicos e da HF, em detrimento dos conteúdos humanísticos; ou seja, uma visão desarticulada das culturas humanística e científica. Defendemos que para um professor de Física ser um intelectual transformador é necessário a articulação da cultura científica com a cultura humanística, pois, é necessário o diálogo com outros conhecimentos diferentes daqueles de suas áreas de formação. Uma abordagem histórico-sociocultural poderá contribuir para uma melhor comunicação entre os Estilos de Pensamento que compõem a cultura humanística e os que compõem a cultura científica, no processo de formação de professores. Assim, assumimos como referencial de formação de professores a perspectiva sociocultural defendida por Giroux (1997), para quem áreas como o estudo da Linguagem, Culturas Populares e Subordinadas, Teorização da Formação Social, História e Pedagogia são essenciais para se pensar em um processo formativo de professores, numa perspectiva transformadora, que enfatize o histórico e o cultural em relação aos materiais e práticas educativas. A emergência destas áreas apontadas por Giroux se dá por meio do estudo sociocultural dos trabalhos de James Prescott Joule, possibilitando um diálogo entre as duas culturas no processo de formação de professores.
Palavras Chave
História; Filosofia e Sociologia da Ciência; James Prescott Joule; Ludwik Fleck; Formação de Professores Universitários.

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