A cigarra e a formiga: a educação ambiental e o ensino de ciências em escolas públicas de Brasília - Distrito Federal.
Título
A cigarra e a formiga: a educação ambiental e o ensino de ciências em escolas públicas de Brasília - Distrito Federal.
A cigarra e a formiga: a educação ambiental e o ensino de ciências em escolas públicas de Brasília - Distrito Federal.
Autor
Zara Faria Sobrinha Guimaraes
Zara Faria Sobrinha Guimaraes
Orientação
Wildson Luiz Pereira dos Santos
Wildson Luiz Pereira dos Santos
Instituição
UNB
UNB
Grau de Titulação
Doutorado
Doutorado
Ano
2012
2012
Cidade / UF
Brasília/DF
Brasília/DF
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
Adotando-se a analogia da fábula "A formiga e a Cigarra" busca-se compreender as aproximações e distanciamentos entre o ensino de ciências e a educação ambiental (EA), a partir de dados empíricos obtidos em escolas públicas de Brasília - Distrito Federal. Para subsidiar a análise dos dados é apresentada uma caracterização histórica das escolas de Brasília e da educação ambiental no ensino de ciências. Adotou-se como perspectiva a educação ambiental crítica que entende que a finalidade pedagógica da EA seja levar a comunidade educativa, por meio de ações docentes, a compreender as relações sociedade-natureza e a intervir sobre os problemas e conflitos ambientais de maneira crítica e consciente, preparando professores, seus alunos e demais membros da comunidade escolar e fora dela a serem protagonistas de ações nesse sentido. Na pesquisa, destaca-se como a escola tomou para si a incumbência de preparar cidadãos na perspectiva ambiental educativa, as representações dos professores de ciências sobre EA e meio ambiente e suas práticas pedagógicas. Por meio de análise de questionários, entrevistas, livros didáticos e observações em campo, categorizou-se as definições dadas pelos professores e as abordagens de EA contidas nos livros didáticos adotados nas escolas. O panorama encontrado indicou aproximações entre a formiga e a cigarra relacionadas ao fato de, em ambas, o processo educativo ainda não ter conseguido superar o ensino por transmissão de conteúdos. O enfoque dado tanto pelo ensino de ciências quanto na EA preconizam atividades cognitivas, afetivas e pragmáticas. Os livros didáticos usados como apoio teórico à inserção de temas de EA possuem enfoque antropocêntrico, pragmático, conservador e descontextualizado. Como distanciamentos evidencia-se o descompromisso com o processo ambiental educativo, que acaba ficando a cargo de professores sensíveis a causa em mantê-lo na estrutura escolarizada; a descontinuidade de políticas públicas e programas educacionais do Distrito Federal; a não vinculação do tema ambiental aos conteúdos do ensino de ciências, tanto no material didático, quanto na ação docente; o tratamento diferenciado entre a forma de socialização dos conteúdos do ensino de ciências e os da atividade ambiental educativa. No ensino de ciências os professores se ocupam em repassar conteúdos que consideram importantes para a formação acadêmica do aluno e na EA a abordagem dos temas se processa como ato de sensibilização (ato próprio e, portanto, passível de acontecer ou não) por meio de conteúdos de senso comum, funcionando muito mais como contextualização do que como conteúdo sistematizado por planejamento de aula. Constata-se que será preciso que os professores, sejam preparados para fazerem leituras críticas da complexa realidade vivenciada e para se engajarem em projetos coletivos, possibilitando um ensino de ciências no qual o componente ambiental esteja contemplado, permitindo que a formiga consiga, em seu labor diário, entoar belas canções.
Adotando-se a analogia da fábula "A formiga e a Cigarra" busca-se compreender as aproximações e distanciamentos entre o ensino de ciências e a educação ambiental (EA), a partir de dados empíricos obtidos em escolas públicas de Brasília - Distrito Federal. Para subsidiar a análise dos dados é apresentada uma caracterização histórica das escolas de Brasília e da educação ambiental no ensino de ciências. Adotou-se como perspectiva a educação ambiental crítica que entende que a finalidade pedagógica da EA seja levar a comunidade educativa, por meio de ações docentes, a compreender as relações sociedade-natureza e a intervir sobre os problemas e conflitos ambientais de maneira crítica e consciente, preparando professores, seus alunos e demais membros da comunidade escolar e fora dela a serem protagonistas de ações nesse sentido. Na pesquisa, destaca-se como a escola tomou para si a incumbência de preparar cidadãos na perspectiva ambiental educativa, as representações dos professores de ciências sobre EA e meio ambiente e suas práticas pedagógicas. Por meio de análise de questionários, entrevistas, livros didáticos e observações em campo, categorizou-se as definições dadas pelos professores e as abordagens de EA contidas nos livros didáticos adotados nas escolas. O panorama encontrado indicou aproximações entre a formiga e a cigarra relacionadas ao fato de, em ambas, o processo educativo ainda não ter conseguido superar o ensino por transmissão de conteúdos. O enfoque dado tanto pelo ensino de ciências quanto na EA preconizam atividades cognitivas, afetivas e pragmáticas. Os livros didáticos usados como apoio teórico à inserção de temas de EA possuem enfoque antropocêntrico, pragmático, conservador e descontextualizado. Como distanciamentos evidencia-se o descompromisso com o processo ambiental educativo, que acaba ficando a cargo de professores sensíveis a causa em mantê-lo na estrutura escolarizada; a descontinuidade de políticas públicas e programas educacionais do Distrito Federal; a não vinculação do tema ambiental aos conteúdos do ensino de ciências, tanto no material didático, quanto na ação docente; o tratamento diferenciado entre a forma de socialização dos conteúdos do ensino de ciências e os da atividade ambiental educativa. No ensino de ciências os professores se ocupam em repassar conteúdos que consideram importantes para a formação acadêmica do aluno e na EA a abordagem dos temas se processa como ato de sensibilização (ato próprio e, portanto, passível de acontecer ou não) por meio de conteúdos de senso comum, funcionando muito mais como contextualização do que como conteúdo sistematizado por planejamento de aula. Constata-se que será preciso que os professores, sejam preparados para fazerem leituras críticas da complexa realidade vivenciada e para se engajarem em projetos coletivos, possibilitando um ensino de ciências no qual o componente ambiental esteja contemplado, permitindo que a formiga consiga, em seu labor diário, entoar belas canções.
Palavras Chave
educação ambiental; educação ambiental crítica.
educação ambiental; educação ambiental crítica.
Classificações
Nível escolar
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Área do conteudo
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Foco Temático
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