A linguagem escrita do livro didático de ciências de 8a série do ensino fundamental
Título
A linguagem escrita do livro didático de ciências de 8a série do ensino fundamental
A linguagem escrita do livro didático de ciências de 8a série do ensino fundamental
Mestrado em Programa de Pós-Graduação Interunidades da USP
Autor
Maria Covadonga Lopez Apostolico
Maria Covadonga Lopez Apostolico
Orientação
Luiz Roberto de Moraes Pitombo
Luiz Roberto de Moraes Pitombo
Instituição
USP
USP
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Multiunidades - USP
Multiunidades - USP
Ano
2004
2004
Cidade / UF
São Paulo/SP
São Paulo/SP
Dependência Administrativa:
Estadual
Estadual
Resumo
A pesquisa realizada buscou conhecer a linguagem da disciplina de Química em livros didáticos de Ciências da 8a série do Ensino Fundamental. No estudo de ciências, o aluno, cuja linguagem expressa sua forma de pensar e ver o mundo, é introduzido numa nova cultura, diferente do senso comum e que possui uma linguagem própria, a científica. Analisa livros didáticos que envolvem a linguagem de senso comum do aluno e a linguagem científica, com a intenção de perceber se a linguagem do livro está de acordo com o nível cognitivo do aluno que os utiliza e se constitui obstáculos epistemológicos à aprendizagem de conceitos de ciências. A pesquisa tem, também, como objetivo analisar se a linguagem do livro didático pode ofuscar a ruptura entre o conhecimento comum e o conhecimento científico e se os conceitos científicos abordados relacionam-se com a aplicação prática. Para esta finalidade foram selecionados dois livros didáticos de Ciências de grande tiragem nacional em 2002. A metodologia utilizada na análise é a Análise de Conteúdo de Bardin numa abordagem qualitativa. Analisa a linguagem dos livros pelos termos: fusão/derreter, combustão/queimar, ebulição/ferver e misturar/dissolver. Como referencial teórico utiliza as ideias de obstáculo epistemológico e ruptura de Bachelard e desenvolvimento cognitivo de Piaget, considerando a linguagem de fundamental importância na formação de conceitos. Como resultado da análise da linguagem escrita do livro didático, verifica evidências que apontam que esta pode vir a reforçar o conhecimento de senso comum do aluno por constituir obstáculos epistemológicos à aprendizagem de conceitos científicos. Percebe-se que o texto destes livros não procura em geral esclarecer diferenças entre a linguagem da ciência e a linguagem comum dificultando a percepção do rompimento do conhecimento científico com o conhecimento comum. A linguagem empregada é na maioria das vezes abstrata e distante do nível cognitivo do aluno. As aplicações práticas aparecem geralmente como ilustrações e não como questões dificultando a percepção da relação entre o conhecimento científico, a tecnologia e a sociedade. A pesquisa sugere uma atenção especial para os casos apontados e pretende estar contribuindo com os autores dos livros didáticos de Ciências quanto ao uso criterioso da linguagem e com os professores na reflexão de sua prática educativa e utilização dos mesmos e, consequentemente, com a melhora na qualidade do ensino nas escolas.
A pesquisa realizada buscou conhecer a linguagem da disciplina de Química em livros didáticos de Ciências da 8a série do Ensino Fundamental. No estudo de ciências, o aluno, cuja linguagem expressa sua forma de pensar e ver o mundo, é introduzido numa nova cultura, diferente do senso comum e que possui uma linguagem própria, a científica. Analisa livros didáticos que envolvem a linguagem de senso comum do aluno e a linguagem científica, com a intenção de perceber se a linguagem do livro está de acordo com o nível cognitivo do aluno que os utiliza e se constitui obstáculos epistemológicos à aprendizagem de conceitos de ciências. A pesquisa tem, também, como objetivo analisar se a linguagem do livro didático pode ofuscar a ruptura entre o conhecimento comum e o conhecimento científico e se os conceitos científicos abordados relacionam-se com a aplicação prática. Para esta finalidade foram selecionados dois livros didáticos de Ciências de grande tiragem nacional em 2002. A metodologia utilizada na análise é a Análise de Conteúdo de Bardin numa abordagem qualitativa. Analisa a linguagem dos livros pelos termos: fusão/derreter, combustão/queimar, ebulição/ferver e misturar/dissolver. Como referencial teórico utiliza as ideias de obstáculo epistemológico e ruptura de Bachelard e desenvolvimento cognitivo de Piaget, considerando a linguagem de fundamental importância na formação de conceitos. Como resultado da análise da linguagem escrita do livro didático, verifica evidências que apontam que esta pode vir a reforçar o conhecimento de senso comum do aluno por constituir obstáculos epistemológicos à aprendizagem de conceitos científicos. Percebe-se que o texto destes livros não procura em geral esclarecer diferenças entre a linguagem da ciência e a linguagem comum dificultando a percepção do rompimento do conhecimento científico com o conhecimento comum. A linguagem empregada é na maioria das vezes abstrata e distante do nível cognitivo do aluno. As aplicações práticas aparecem geralmente como ilustrações e não como questões dificultando a percepção da relação entre o conhecimento científico, a tecnologia e a sociedade. A pesquisa sugere uma atenção especial para os casos apontados e pretende estar contribuindo com os autores dos livros didáticos de Ciências quanto ao uso criterioso da linguagem e com os professores na reflexão de sua prática educativa e utilização dos mesmos e, consequentemente, com a melhora na qualidade do ensino nas escolas.
Palavras Chave
Livro Didático; Ensino-Aprendizagem; Linguagem Escrita; Obstáculos Epistemológicos.
Livro Didático; Ensino-Aprendizagem; Linguagem Escrita; Obstáculos Epistemológicos.
Classificações
Nível escolar
5ª a 8ª Série do EF
5ª a 8ª Série do EF
Área do conteudo
Química
Química
Foco Temático
Recursos Didáticos
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