Ofídios e ofidismo em escolas rurais: quem ensina, quem aprende Um encontro de saberes no além São Francisco.
Título
Ofídios e ofidismo em escolas rurais: quem ensina, quem aprende Um encontro de saberes no além São Francisco.
Ofídios e ofidismo em escolas rurais: quem ensina, quem aprende Um encontro de saberes no além São Francisco.
Educação
Autor
Miríades Augusto da Silva
Miríades Augusto da Silva
Orientação
Alda Muniz Pêpe
Alda Muniz Pêpe
Instituição
UFBA
UFBA
Grau de Titulação
Mestrado
Mestrado
Unidade / Setor
Faculdade de Educação
Faculdade de Educação
Ano
2000
2000
Cidade / UF
Salvador/BA
Salvador/BA
Dependência Administrativa:
Federal
Federal
Resumo
O ofidismo é um dos agravos a saúde mais freqüente para a população que reside na zona rural, principalmente para os escolares, que estão expostos à serpente em atividades de lazer, trajeto (casa-escola) e trabalho. Objetivando identificar o que os escolares e professores conhecem sobre os ofídios e ofidismo bem como as fontes de informações e de conhecimentos de que dispõem e o que sentem e como se comportam de relação às serpentes e nos seus encontros com elas respectivamente, buscamos diagnosticar o conhecimento corrente sobre ofídios e ofidismo e as representações construídas sobre a serpente por escolares e professores de 8 escolas rurais e moradores das comunidades às quais servem as escolas do município de Barreiras - Região Oeste da Bahia -, denominada também de Além São Francisco, bem como os conteúdos que trazem os livros didáticos de Ciências sobre Ofídios e Ofidismo. Observamos que o imaginário construído em torno da serpente pelos sujeitos da pesquisa é negativo: a serpente é um animal maléfico, demoníaco, traiçoeiro. O medo, o pavor e matar a serpente são sentimentos e comportamentos comuns. Os conhecimentos que têm os sujeitos sobre ofídios e ofidismo são concepções equivocadas, dentre outras: acreditam que a cobra espera ou persegue a pessoa para se vingar; que a cobra mama no peito da mulher parida; que a cobra voa, enfim, que tem poderes maiores que os deles que são humanos. Não têm um conhecimento básico, sistematizado sobre a serpente, nem mesmo como distinguir as cobras peçonhentas das não-peçonhentas; as medidas de primeiros-socorros e as medidas de prevenção reforçam ser a serpente um animal maléfico, e as medidas de primeiros-socorros propostas não são corretas para os casos de acidentes ofídicos. As reflexões sobre os dados da pesquisa permitem concluir que existe uma estreita relação entre serpente-morte, serpente-demônio, serpente-poder sobre o homem, o que confirma e explica a relação homem-serpente não harmoniosa. O conhecimento preponderante, mesmo na prática pedagógica sobre ofídios e ofidismo é o do senso comum, o que diz e pensa a comunidade, e que os livros utilizados na região não satisfazem à leitura e ação na realidade local. Urge assim, um trabalho de formação continuada sobre ofídios e ofidismo e a elaboração de recursos didáticos que auxiliem os professores na abordagem desses assuntos.
O ofidismo é um dos agravos a saúde mais freqüente para a população que reside na zona rural, principalmente para os escolares, que estão expostos à serpente em atividades de lazer, trajeto (casa-escola) e trabalho. Objetivando identificar o que os escolares e professores conhecem sobre os ofídios e ofidismo bem como as fontes de informações e de conhecimentos de que dispõem e o que sentem e como se comportam de relação às serpentes e nos seus encontros com elas respectivamente, buscamos diagnosticar o conhecimento corrente sobre ofídios e ofidismo e as representações construídas sobre a serpente por escolares e professores de 8 escolas rurais e moradores das comunidades às quais servem as escolas do município de Barreiras - Região Oeste da Bahia -, denominada também de Além São Francisco, bem como os conteúdos que trazem os livros didáticos de Ciências sobre Ofídios e Ofidismo. Observamos que o imaginário construído em torno da serpente pelos sujeitos da pesquisa é negativo: a serpente é um animal maléfico, demoníaco, traiçoeiro. O medo, o pavor e matar a serpente são sentimentos e comportamentos comuns. Os conhecimentos que têm os sujeitos sobre ofídios e ofidismo são concepções equivocadas, dentre outras: acreditam que a cobra espera ou persegue a pessoa para se vingar; que a cobra mama no peito da mulher parida; que a cobra voa, enfim, que tem poderes maiores que os deles que são humanos. Não têm um conhecimento básico, sistematizado sobre a serpente, nem mesmo como distinguir as cobras peçonhentas das não-peçonhentas; as medidas de primeiros-socorros e as medidas de prevenção reforçam ser a serpente um animal maléfico, e as medidas de primeiros-socorros propostas não são corretas para os casos de acidentes ofídicos. As reflexões sobre os dados da pesquisa permitem concluir que existe uma estreita relação entre serpente-morte, serpente-demônio, serpente-poder sobre o homem, o que confirma e explica a relação homem-serpente não harmoniosa. O conhecimento preponderante, mesmo na prática pedagógica sobre ofídios e ofidismo é o do senso comum, o que diz e pensa a comunidade, e que os livros utilizados na região não satisfazem à leitura e ação na realidade local. Urge assim, um trabalho de formação continuada sobre ofídios e ofidismo e a elaboração de recursos didáticos que auxiliem os professores na abordagem desses assuntos.
Palavras Chave
Representações Sociais; Ofídios; Ofidismo; Livro Didático; Zoologia.
Representações Sociais; Ofídios; Ofidismo; Livro Didático; Zoologia.
Classificações
Nível escolar
1ª a 4ª Série do EF, 5ª a 8ª Série do EF
1ª a 4ª Série do EF, 5ª a 8ª Série do EF
Área do conteudo
Biologia
Biologia
Foco Temático
Características do Professor, Características do Aluno
Características do Professor, Características do Aluno